Descobrimos porque ela simplesmente parou de vir nos receber quando chegávamos. Achávamos que fosse apenas preguiça... mas depois, quando nos via, fazia uma festinha boa. Na hora das refeições, não vinha quando a chamava, o que achei muito estranho, pois o "vem" dela é impecável, em qualquer situação.
O teste final foi com a frase "vamos passear". Não respondia. Nem quando sussurrávamos nos seus ouvidos (sim, testamos nos dois). Surda como uma portinha... Claro que isso foi meio que um choque e pensei "como ela vai lidar com isso?". Lidou suuuuper bem.
Ela tem uma rotina estabelecida, mesmo que algumas vezes a gente saia da rotina (o que também pe benéfico), e isso a ajuda a saber mais ou menos os horários em que nos levantamos, dos passeios, quando saímos de casa, quando é pra ela ficar ou quando é pra ir junto etc.
Outro fator que ajudou muuuito foi o fato de conviver com um cão que ouve: Pistache. Ele é como o sentinela dela: se ele se agita, ela sabe que tem algo acontecendo. Então ela nos "ouve" quando acordamos e entramos na cozinha porque ele a avisa, com as atitudes dele. Ela ficou mais atenta ao irmão e consegue perceber nossa movimentação na casa e o que queremos deles.
Nossa senhorinha linda e super adaptada ao mundo silencioso onde agora vive. |
Assim vamos ajudando nossa pequena a lidar com um mundo silencioso agora, para ela não assustar com a gente e nem com o que aconteça à sua volta.
De quebra, temos que ensinar as meninas a não tocar nela bruscamente se ela estiver dormindo: ela não vai morder, mas ela assusta e temos evitado sustos e grandes emoções por conta da condição dela: tem sopro cardíaco.
Por enquanto é isso. Vou publicar mais coisas do tipo aqui, porque assim como ela tem aprendido a lidar com o silêncio do mundo, eu tenho aprendido a lidar com um cão que não escuta mais nada.
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