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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Machucado da Suzie - evolução

Atendendo a pedidos, digo aqui como foi a recuperação da Suzie.

Foi ótima, ótima mesmo! Nos primeiros dias ela não andava muito, mancava um pouco, devia doer bastante ainda. Aos poucos, foi voltando à sua rotina de exercícios e brincadeiras (porque rotina de dormir essa ela não perde nunca... risos).

Eu lavava a patinha dela todo dia, pra ver se conseguia limpar direito (não conseguia, tinha medo de machucar de novo), passava pomada e renovava o curativo. Isso até sábado de manhã. Na madrugada de sábado pra domingo, ela tinha tirado o curativo e, não sei como, colado o esparadrapo num dedo... risos.

Lambeu tanto que acabou deixando a pata mais ou menos limpa (nada que um bom banho não resolva... vamos ver quando ela vai tomar o primeiro banho do ano... risos).

Vejam como ficou curtinha a unha dela. Pelo menos a parte morta caiu mesmo. Agora, é ver se vai ou não nascer de novo. Pelo que conversei com outras pessoas, a unha quebrada nasce menor, diferente da outra.
A unha, agora pequenininha, da pata da Suzie. Sem curativo \o/

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Mais um machucado pra coleção...

Quem conhece a Suzie sabe: ela só tem a cara de séria, de moça comportada. Mas é uma espoleta. Tanto que, neste ano, já conta com um machucado novo: a perda da unha do 5º dedo. Como aconteceu algo assim? Vou explicar...

Segunda, feriadão, estávamos em Campinas e fomos, com meu pai, pro sítio, levar as meninas e pegar caqui (delícia). Chegando no caminho, a Suzie já começa a abanar o rabo, querer sair (ainda na estrada... risos), como se falasse "Ai mãe, jura que estamos indo pra chácara?? Posso correr? Posso correr? Posso correr?" Pode, Suzie...

Chegando lá, foi só tirar a guia e abrir a porta do carro e lá estava nossa primogênita correndo e ficando marrom de barro. Pensei "chegando em Campinas, vou dar um banho nela, afinal, ela dorme com a Letícia...".

Letícia e Suzie correndo, duplinha dinâmica. Aí, a gente pensa: vamos brincar de esconde-esconde com a Suzie. Luis foi se esconder enquanto eu segurava a Suzie. Ele escondido, solto a Suzie e ela sai na carreira linda dos galgos. De repente, ela vai pra outro lado e volta pra mim, mancando, com um sorrisão no rosto. Fui olhar e... SANGUE. Ai, como sou medrosa pra sangue de filho meu, minha gente... Deixei a cargo do Luis olhar. Pior: não tinha comigo nada... nada pra passar nela, estava tudo em Campinas... Olhei aquela unha torta e perguntei pro Luis "Ela quebrou o dedo?". E ela lá, com a maior cara de felicidade do mundo! "Não, Ful, ela quebrou a unha". E o sangue escorrendo... E eu agoniada.

Falamos pro meu pai que dali teríamos que correr num veterinário. Aí, ele ligou pro veterinário da Preta e marcou a 1 da tarde (tudo bem, já eram 11h e a gente estava a pelo menos meia hora de Campinas).

Conseguimos estancar o sangue dela, demos uma limpadinha na pata e a deixei dentro de casa, deitada no sofá. Castigo... risos.

Os homens terminaram de pegar os caquis e limpar umas ferramentas, eu e Letícia brincando de pega-pega, Suzie presa, no maior sono no sofá da sala. 11:40, voltando pra Campinas. Deixamos meu pai e a Lê em casa, comemos alguma coisa e levamos a Suzie no vet.

Chegando lá, aquela coragem pra entrar... E revi o veterinário que conheço desde os meus 14 anos. Não mudou nada... risos. Bom, aí ele tratou da Suzie, disse que não ia arrancar a unha porque, com a experiência dele, seria muito dolorido pro cachorro, sangraria demais, ou seja, seria pior. Então, ele cortou bem curta a unha dela (a do outro dedo também), deu pra gente um remédio pra passar caso sangrasse de novo e aplicou um anti-hemorrágico. Disse que, depois de 48h, a gente poderia arrancar a unha, porque aí já teria secado a veia e não sangraria mais.

Chegamos na casa dos meus pais e fomos almoçar. Quando fui no sofá, dar um beijinho na Suzie (Luis tinha levado a Lê pra tirar um cochilo), o que eu vejo? SANGUE e a unha dela jogada no sofá. Ela não quis esperar as 48h e resolveu arrancar a unha sozinha. Não deu um pio. E eu gritei... risos. Corre pegar o remédio, corre lavar a pata, corre pegar os apetrechos de primeiros socorros e não tivemos dúvidas: vamos enfaixar essa danada.

Enfaixamos, ela ficou bonitinha. Até hoje está enfaixada. Tentei lavar a pata dela, mas não consegui tirar todo o sangue que ficou. E o medo de abrir alguma coisa e sangrar de novo? Por sorte vamos no vet (porque ela precisa tomar vacina) e vou pedir pra ele (ou ela, mudou o vet...) dar uma olhadinha ali.

Tem que se manter enfaixada porque, só de tirar a faixa pra refazer o curativo, lá vai o linguão da Suzie lamber o lugar, cutucar... pelo menos a faixa ela não tira.

O banho? Lógico que ela escapou dele. Foi um banho de gato mesmo, com lencinho umedecido e pronto, pode dormir com a Letícia.

Quem vê deve pensar que a gente não tem cuidado com ela, né?! Mas quem conhece, sabe como somos com a Suzie. Imagina se a gente não tomasse cuidado? Acho que ela nem estaria mais aqui...

(Ainda bem que eu tinha escrito justamente sobre primeiros socorros...)
Suzie dormindo no sofá, como se nada tivesse acontecido.
Detalhe da patinha esquerda enfaixada logo que aconteceu. Detalhe também pra plaquinha dela (risos). Fico devendo foto do machucado por estar meio nojento ainda...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Primeiros Socorros para Cães: Parte 1

Este texto compreende:
Emergências gerais: fala do kit de PS e um plano de ação

* Imobilizando
* Verificação da emergência
* Choque (estado de choque no caso)
* Respiração artificial e RCP
* Engasgos
* Feridas e sangramentos (enormeeee)
* Retirando corpos estranhos
* Transporte de emergência

Emergências Específicas: fala de identificar e tratar problemas (aí tem tabelas sobre tudo: quantidade de água, de comida, de urina, atividade do cão, peso etc)

* Exame completo do cão (acho excelente)
* Hipertermia
* Afogamento
* Queimaduras
* Choque elétrico
* Envenenamento
* Contaminação do pelo
* Inalação de veneno
* Engolindo veneno
* Venenos mais comuns de casa
* Plantas venenosas
* Animais venenosos

A parte de envenenamento em diante será publicada em um outro post, por compreender muita coisa (o texto ficaria enorme, mais do que já está). Então, chega de conversa e vamos ao texto =)

As emergências mais comuns que afetam os cães são as físicas. Tais acidentes são mais comuns durante o clima mais agradável (primavera, verão) e, mais frequentemente, ocorrem fora de casa. Podem ser de pouca gravidade, como um cortezinho na pata, ou algo mais grave, como atropelamento. A curiosidade natural do cão também o predispõe a outras emergências como, sufocar com objetos, contato com substâncias venenosas (abordado em breve – saiba mais aqui) e afogamento. Infelizmente nós, os humanos, somos os responsáveis por muitos destes acidentes, como hipertermia, feridas a balas e envenenamento criminoso. Neste artigo veremos o que fazer em cada situação de emergência.

Kit de primeiros socorros para seu cão

  • Rolo de atadura

  • Bandagem ou spray antisséptico que não arda

  • Gaze

  • Atadura adesiva

  • Gel lubrificante solúvel em água

  • Faixas / ataduras esterilizadas

  • Fita adesiva

  • Água oxigenada 3%

  • Carvão ativado em pó

  • Esparadrapo

  • Creme hidrocortisona

  • Termômetro

  • Pinças

  • Tesoura sem ponta

  • Antihistamínicos

É impossível prevenir todos os acidentes mas, com pequenas atitudes, você pode minimizar os riscos. Também é importante estarmos preparados para emergências.

  • Treine seu cão para obedecer comandos e fique sempre de olho nele.

  • Tenha um kit de primeiros socorros (em casas, passeios, viagens), além de focinheira e água limpa.

  • Tenha com você o telefone do veterinário, de outro veterinário (se o principal não atender) e de hospitais veterinários.

CONTENDO OS CÃES

Conter os cães é muito útil em casos de acidentes quando o cão está consciente, além de ajudar o veterinário a examiná-lo (seja em rotina, seja em uma emergência).

Ao se aproximar de um cão machucado, fale de maneira calma, evite contato visual, verifique a expressão da face e do corpo para ver o quão assustado está; veja se ele não está excessivamente submisso ou agressivo, que pode ser sinal de medo.

Se o cão estiver muito assustado ou for agressivo, será preciso colocar uma focinheira nele. Se você não tiver uma, pode improvisá-la (ver fotos). Pode-se também usar um colar elizabetano, para proteção extra.

CONTENDO UM CÃO PEQUENO

CONTENDO UM CÃO GRANDE


IMPROVISANDO UMA FOCINHEIRA

  1. Pegue uma atadura, ou gaze, ou gravata, ou qualquer tecido macio e resistente, de cerca de 70cm. Dê uma volta no focinho do cão.

  2. Vá para trás do cão, deixando o corpo dele restrito em suas pernas. Fala calmamente com o cão. Leve o tecido para trás do cão, na nuca. Não dê nó.

  3. Atrás da orelha do cão, bem na nuca, dê um nó. Certifique-se de que a focinheira não atrapalha a respiração. Se você não conhece o cão, mantenha-o com focinheira até chegar ao veterinário.

FAZENDO UM COLAR ELIZABETANO

Ele previne o cão de tirar curativos. Mas também, pode ser útil para prevenir que o cão nos morda. Para fazer seu próprio colar elizabetano, pegue um plástico, ou um papel cartolina bem grosso, de pelo menos 5cm maior que o rosto do cão; um estilete para fazer um buraco; fita adesiva; tecidos.

Corte o papel cartão em formato crescente, para formar um cone (grude as pontas com fita adesiva). Faça três ou quatro buracos perto da parte mais fina do cone. Coloque na cabeça do cão e, pelos buracos, passe o tecido para amarrar o colar na coleira dele.

DICA DO VETERINÁRIO:

Restrinja o cão o menos possível, pois, quanto mais se sentir apertado, mais o cão irá se debater. Coloque focinheira se o cão estiver muito assustado ou se o machucado for extremamente dolorido.

  • Se aproxime de qualquer cão machucado com muito cuidado – quando assustado ou com dor, o cão pode morder.

  • Não coloque focinheira em um cão engasgado ou com dificuldade de respirar.

  • Não coloque uma focinheira de material rude, como corda, exceto em uma emergência extrema; você pode machucar a face do cão.

  • Não mexa com cães desconhecidos em áreas onde a raiva é endêmica sem tomar medidas que evitem as mordidas.

AVALIANDO A EMERGÊNCIA

Quando um cão está doente ou machucado, você deve avaliar seu estado rapidamente: as vias aéreas, respiração e circulação, além de procurar sinais de choque. O choque clínico (falência da circulação) é fatal: ele pode evoluir lenta ou rapidamente. Se não há sinais de respiração ou batimentos cardíacos, ou o cão está em choque, corra ao hospital veterinário!

Depois de qualquer acidente, vá ao veterinário, mesmo que pareça não haver acontecido nada de mais. Nunca subestime os riscos de danos nos órgãos.

SEU CÃO ESTÁ CONSCIENTE OU INCONSCIENTE?

Se ele responder aos estímulos, está parcial ou totalmente consciente. Se ele não responde aos estímulos, está inconsciente e devemos verificar vias aéreas, respiração e circulação.

REFLEXOS NATURAIS

  1. Olhos – toque a pálpebra (perto do focinho). Se o cão estiver consciente, piscará. Se não, os olhos continuarão abertos, mesmo se você tocar nos olhos do cão.

  2. Luz – ponha uma luz nos olhos do cão. A pupila deve retrair. Se não, pode indicar que o coração parou de bater. Se a pupila já estiver retraída, pode ser sinal de dano cerebral.

  3. Patas – Belisque um dedo do cão. Um cão consciente irá retirar o pé imediatamente. Um cão ligeiramente inconsciente, mexerá o pé. Se não houver movimento, ele está totalmente inconsciente.

VIAS AÉREAS, RESPIRAÇÃO E CIRCULAÇÃO

  1. Vias aéreas – verifique se estão livres. Procure objetos. Se o cão está inconsciente, mantenha o pescoço reto, abra a boca e retire qualquer objeto. Coloque a língua para fora para manter as vias aéreas abertas; esta ação é extremamente importante em cães de cara achatada, cuja língua obstrui facilmente as vias aéreas.

  2. Respiração – Veja quantos movimentos do peito há em 15 segundos e multiplique por 4. Se o peito não se mover, segure um lenço em frente ao nariz do cão para ver se ele respira, ou coloque sua mão no peito do cão para senti-lo mexer. Cães grandes normalmente respiram 10 vezes por minutos, enquanto os menores, 30 vezes.

  3. Circulação – Sinta o pulso pressionando a parte interna da coxa. Conte os batimentos por 15 segundos e multiplique por 4. Normalmente, os batimentos normais variam de 50 por minuto em cães grandes a 160 por minuto em cães pequenos.


CHOQUE

É uma condição potencialmente fatal. Acontece quando a circulação sanguínea falha e os tecidos ficam sem oxigênio. Se não tomarmos medidas de emergência, o cão irá morrer.

Uma causa comum de choque é um sangramento severo interno ou externo. Outra possível causa é a desidratação, que reduz os níveis de fluidos no sangue. A desidratação tem um risco grave: em casos extremos pode levar ao coma e à morte. Particularmente, é um perigo para os cães que tenham problemas renais, ou perdem fluidos através do vômito, diarréia ou queimaduras. Um problema relacionado é o choque anafilático, causado por uma grave reação alérgica.

Para detectar o choque, olhe as gengivas e pressione-as para ver o suprimento de sangue. Faça o seguinte:

Pressione a gengiva e veja por quanto tempo ela permanece branca após você soltá-la:

  1. Mais de 4 segundos – choque profundo – leve ao veterinário imediatamente.

  2. Mais de 2 segundos – choque médio – leve ao veterinário em poucas horas.

  3. Menos de 1 segundo – pressão alta – veja o veterinário em 24h.

O choque pode acontecer de uma hora pra outra ou demorar horas. Sinais de choque são:

  • respiração e batimentos cardíacos bem rápidos;

  • gengiva pálida;

  • patas e orelhas geladas;

  • ansiedade ou letargia;

  • fraqueza;

  • temperatura normal ou baixa.

Sinais de um estado de choque avançado:

  • respiração irregular;

  • batimentos cardíacos irregulares;

  • gengivas muito pálidas ou azuis;

  • fraqueza extrema;

  • temperatura muito baixa (menor que 36 graus).

SEU CÃO ESTÁ DESIDRATADO?

Pegue a pele da nuca do cão e estique-a. Em cães saudáveis, a pele volta ao normal quase que imediatamente. Mas, e se a pele demorar mais que um ou dois segundos para voltar ao normal? Se demorar muitos segundos, em cães de qualquer idade, pode ser sinal de desidratação ou má nutrição. No primeiro caso, deve-se levar o cão ao veterinário imeadiatamente. No segundo, no mesmo dia. Se demorar poucos segundos, em um cão idoso, é apenas perda de elasticidade natural relacionada à idade, ou seja, não há razão para se preocupar.

LIDANDO COM O CHOQUE

Não deixe o cão sozinho e nem lhe dê nada para beber ou comer. Verifique vias aéreas, respiração e circulação e faça ressuscitação, se necessário. Pare qualquer sangramento visível. Além disse, cubra o cão com um cobertor, para mantê-lo aquecido e leve-o imediatamente ao veterinário.

RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL E RESSUSCITAÇÃO

Só faça respiração artificial se o cão parar de respirar. Primeiro, veja as gengivas: se estiverem rosa, o sangue está carregando oxigênio para o corpo; se azuis ou brancas, oxigênio não está circulando.

Só faça massagem cardíaca se o coração tiver parado. Primeiro, procure por batimentos cardíacos. Veja os olhos: as pupilas dilatam quando o coração para. Procure o pulso. Veja as gengivas: se o coração parou, elas estarão bem pálidas ou brancas.

AÇÃO DE EMERGÊNCIA

A ressuscitação pode ser necessária nos seguintes casos:

  • perda de sangue;

  • engasgo;

  • concussão;

  • coma diabético;

  • choque elétrico;

  • falha do coração;

  • afogamento;

  • envenenamento;

  • inalou fumaça.

COMO FAZER A RESSUSCITAÇÃO

  1. Limpe as vias aéreas – deite o cão do lado direito, com a cabeça mais baixa que o corpo. Tire qualquer objeto da boca e do nariz, coloque a língua dele pra fora. Fecha a boca do cão e deixe o pescoço alinhado com o corpo.







  2. Respiração artificial – coloque sua boca no nariz do cão e assopre até que o peito dele encha e depois tire a boca. Repita de 10 a 20 vezes por minuto até que o cão consiga respirar sozinho. Verifique o pulso a cada 15 segundos para verificar se o coração ainda está batendo.




  3. Massagem cardíaca – Coloque sua mão (se o cão for muito pequeno, apenas uma; um cão maior, coloque as duas) logo atrás do cotovelo esquerdo do cão. Pressione rápida e firmemente em direção ao pescoço. Repita de 100 a 120 vezes por minuto. Depois de 15 segundos de massagem cardíaca, faça respiração artificial por 10 segundos. Continue, até que o pulso volte e o cão respire sozinho. Vá imediatamente ao veterinário e anote quando você começou a ressuscitação.





ENGASGOS

Também pode ser fatal. Pode resultar de um machucado ou alguma coisa que tenha bloqueado as vias aéreas. Na maioria dos casos, acontece quando o cão engole um objeto. Em um cão inconsciente, pode acontecer se o cão vomitar e o vômito bloquear a garganta. Também pode acontecer devido à picada de um inseto na boca ou ao choque anafilático, que fazem com que a garganta inche e bloqueie a passagem de ar.

Se seu cão está engasgados, não espere: o cão pode sufocar! Engasgar é assustador para os cães. Contenha o cão para que ele não lhe machuque.

MEU CÃO ESTÁ ENGASGADO?

  • Estressado; sons de engasgos; cutucar a boca com a pata; olhos injetados; língua azul; agitação ou inconsciência – vias aéreas completamente bloqueadas → faça rapidamente os primeiros socorros!

  • Cão agitado; tossindo, mas não respira com dificuldade; cutuca a boca com a pata; esfrega o focinho no chão; respiração desagradável – vias aéreas parcialmente bloqueadas; corpo estranho preso na boca → procure qualquer obstrução na boca.

TRATANDO O ENGASGO EM UM CÃO INCONSCIENTE

  1. Segure o cão pelas patas de trás, erga-o e, gentilmente, chacoalhe-o por 10 segundos. A gravidade, e os movimentos do corpo, ajudam a deslocar o que estiver bloqueando a garganta. Se não adiantar, ou o cão é grande demais para levantar, veja a seguir.



















  2. Deite o cão de lado. Com uma mão apoiando as costas, pressione o abdomen logo após as costelas. Se o cão for muito grande, deite-o de costas e use as duas mãos no abdomen. Pressione o abdomen em direção à garganta, duas vezes. Faça isso com cuidado, sem colocar muita pressão no ventre.

  3. Verifique a boca do cão. Se a obstrução for visível, coloque as mãos na boca dele e remova o objeto. Se o cão ainda estiver engasgado, vá para o próximo passo.

  4. Se o objeto ainda estiver nas vias aéreas, faça duas respirações artificiais e pressione novamente o abdomen. Veja a boca de novo.

  5. Verifique o pulso e faça ressuscitação se necessário. Repita até que o cão tussa e volte a respirar. Se a respiração artificial ou a ressuscitação forem necessárias, corra ao veterinário assim que você terminar de cuidar do cão!

TRATANDO ENGASGO EM UM CÃO CONSCIENTE

  1. Contenha o cão. Se for pequeno, enrole-o em uma toalha com apenas a cabeça visível. Se for grande, prenda-o entre suas pernas. Ou então, peça a alguém que segure o cão enquanto você examina a boca do mesmo e retira o objeto.

  2. Abra a boca do cão. Com o auxílio de uma pinça retire o objeto preso ao dente ou que esteja grudado no céu da boca.

MACHUCADOS E SANGRAMENTO

Feridas abertas expõem os tecidos a bactérias e podem causar risco de infecção. Os sinais são:

  • pele cortada ou perfurada;

  • dor;

  • sangramento;

  • aumento de lambedura em uma área específica.

Embora feridas asbertas possam parecer mais graves, danos internos sob feridas fechadas podem ser igualmente sérios. Os sinais são:

  • inchaço;

  • descoloração da pele;

  • dor e aumento da temperatura na região;

  • machucados superficiais, como arranhões.

Sangramento intenso ou lento e contínuo, podem levar ao choque.

VERIFICANDO SANGRAMENTO

  • Sangue esguichando do ferimento → sangramento arterial → levar ao veterinário imediatamente.

  • Sangramento não para depois de cinco minutos de pressão → danos graves aos vasos sanguíneos → levar ao veterinário imediatamente.

  • Sangramento em um ferimento perfurante (como tiro) → ferimento interno → levar ao veterinário imediatamente

  • Sangue vivo em vômito ou diarréia → ferimento interno → levar ao veterinário imediatamente

  • Sangramento profuso em um corpo aberto → ferimento interno → levar ao veterinário imediatamente

  • Sinais de choque → sangramento severo → levar ao veterinário imediatamente

  • Ferimento que sangra maior que 2cm → levar ao veterinário no mesmo dia

  • Área do sangramento muito suja → levar ao veterinário no mesmo dia

TRATANDO FERIMENTOS ABERTOS GRAVES

  1. Pressione o ferimento com uma gaze ou então, com um tecido limpo, como uma toalha. Se não houver nada por perto, use papel toalha ou lenço de papel. Pressione a área por pelo menos cinco minutos, colocando mais material absorvente se necessário.

  2. Mantenha o material no ferimento com uma bandagem. Mantenha a área machucada acima do nível do coração, se possível, mas não eleve a pata se houver suspeita de fratura. Vá ao veterinário imediatamente.

TRATANDO FERIMENTOS ABERTOS PEQUENOS

  1. Use pinça, ou seus dedos limpos, para remover qualquer material da ferida. Lave o machucado com água oxigenada, antisséptico ou água limpa.

  2. Se houver pelo entrando no machucado, limpe uma tesoura e corte o pelo.

TRATANDO FERIMENTOS FECHADOS

  1. Tome cuidado ao tocar este tipo de ferimento. O toque pode ser doloroso e o cão pode morder. Se houver arranhões superficiais, limpe-o com água oxigenada. Procure machucados não aparentes, principalmente se o cão sofreu um acidente (atropelamento) ou outro trauma.

  2. Coloque uma bolsa de gelo no ferimento. A extensão total do machucado pode não ser aparente por muitos dias. Sempre entre em contato com o veterinário, mesmo se o machucado parecer sem importância.

BANDAGEM

  1. Limpe o machucado e coloque um material absorvente nele, como gaze.

  2. Começando por uma ponta da pata, coloque uma bandagem. A primeira volta é para segurar a gaze, depois, vá cobrindo todo o machucado. Não aperte demais; você pode cortar a circulação daquela área.

  3. Prenda a bandagem com fita adesiva.

MACHUCADOS NO CORPO

Para um machucado no tronco, a bandagem previne contaminação e ajuda o cão a parar de lambê-lo. Primeiro, lave o machucado com água limpa. Enrole uma toalha limpa em volta do corpo do cão, ou uma fronha, e prenda com alfinetes. Vá ao veterinário com urgência!

ORELHAS MACHUCADAS

  1. Com uma gaze, faça pressão no machucado, dos dois lados da orelha, por alguns minutos.

  2. Fale calmamente com o cão e certifique-se de que ele não liga para a bandagem. Coloque a orelha dele para trás da cabeça e segure-a nesta posição. Coloque a bandagem em volta da cabeça e abaixo da mandíbula.

  3. Certifique-se que a bandagem não interfere na respiração do cão; o cão deve conseguir beber e comer normalmente. Veja a bandagem de tempos em tempos e vá ao veterinário dentro de 24h.

CAUDA MACHUCADA

  1. Coloque uma gaze e faça uma pequena pressão para controlar o sangramento.






  2. Faça um curativo na cauda.






  3. Se a cauda for grande o suficiente, coloque-a ao lado do corpo e enrole-a ali com uma bandagem (assim evita o cão abanar o rabo e bater em coisas duras, machucando-o ainda mais). Vá ao veterinário no mesmo dia.



NARIZ SANGRANDO

Comum e não perigoso. Coloque uma bolsa de gelo do lado onde o nariz está sangrando. Não coloque nada dentro das narinas para bloquear o sangue. Telefone para o veterinário.










UNHA SANGRANDO

  1. Aplique sulfato ferroso ou um palito de nitrato de prata (também existem medicamentos que param este tipo de sangramento). Leve o cão ao veterinário.

  2. Para evitar que sangre ainda mais, faça um curativo em toda a pata do cão, deixando a bandagem por não mais que 24h: acima deste tempo, aumenta o risco de infecção.








MEMBRO FRATURADO

  1. Se for uma fratura exposta, cubra-a com gaze ou outro tecido esterilizado. Não coloque mais nada e nem tente colocar o osso no lugar!

  2. Coloque objetos duros, como paus, revistas enroladas, em cada lado do membro fraturado. Gentilmente, coloque-os junto ao membro com uma bandagem, sem apertar demais.

  3. Leve o cão ao veterinário imediatamente. Sempre verifique a circulação sentindo a temperatura dos dedos. Se estiverem frios, o curativo está apertado demais. Neste caso, você tem que rafazê-lo.

REMOVENDO CORPOS ESTRANHOS

DAS PATAS

  1. Se seu cão está lambendo demais as patas, dê uma olhadinha nelas. Se encontrar alguma coisa, esterilize uma pinça, passando-a por uma chama, e remova qualquer objeto visível. Limpe o local com antisséptico.

  2. Se não for visível, lave a pata várias vezes ao dia em uma solução de 1 colher de chá de sal para 1 xícara de água até que o objeto apareça na pele. Para remover um objeto logo abaixo da pele, raspe gentilmente a pele com uma agulha esterilizada e retire o objeto com a pinça. Nunca tente retirar algo que esteja muito abaixo da pele – deixe que o veterinário faça isso.

DOS OLHOS

Se seu cão está esfregando os olhos com as patas ou no chão, abra os olhos do cão e procure por alguma coisa que possa estar neles. Se você vir um objeto estranho, vá pingando água limpa nos olhos do cão até que o objeto saia. Se um objeto penetrou no olho, não tente removê-lo, mas leve o cão ao veterinário imediatamente.

DAS ORELHAS

  1. Se o cão está sempre ao ar livre, ou coça muito as orelhas, dê uma olhada nelas, principalmente se o seu cão tem orelhas longas e caídas. Se o objeto for visível, remova-o cuidadosamente com pinça ou seus dedos.










  2. Agora, se você não consegue ver nada, talvez o objeto esteja preso no canal auditivo. Leve o cão ao veterinário para que ele o remova. Enquanto isso, deixe o cão mais confortável pingando um pouco de óleo mineral ou óleo de oliva no ouvido dele. Em alguns casos, o óleo faz o objeto boiar e sair do canal auditivo e você pode conseguir removê-lo.






DICA DO VETERINÁRIO

Seguindo os passos a seguir, você pode diminuir o risco do seu cão se machucar com objetos estranhos.

  • Treine seu cão para não roer objetos perigosos, tais como galhos ou ossos que soltam lascas.

  • Não deixe que o cão brinque com bolas ou outros brinquedos pequenos o bastante para ser engolidos.

  • Depois de exercitar o cão, examine seu pelo e pele para ver se não há nenhum corpo estranho nele.

TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA

Se o cão não consegue andar, você terá de carregá-lo. A dor pode fazer com que o cão fique agressivo e pode ser necessário usar uma focinheira. Mas, não a use se o cão estiver vomitando, convulsionando, tiver engolido veneno ou tiver machucado a boca.

LEVANTANDO E CARREGANDO

CÃO PEQUENO












CÃO GRANDE

CÃO CRITICAMENTE MACHUCADO

  1. Leve o cão ao veterinário na posição em que você o encontrou. Se ele estiver deitado, improvise uma maca. Use algo como papelão: certifique-se que ele caiba no carro, junto com o cão. Se você não achar papelão, use um cobertor ou toalha grossa. Talvez você precise de alguém para ir com o cão.

  2. Mantenha as costas viradas para você. Com uma mão no peito e outra na garupa, gentilmente coloque o cão na “maca”.

  3. Peça ajuda, se precisar, e leve o cão para o carro. No carro, as costas do cão devem estar encostadas no banco. Se ninguém puder ir com você, ajeite o cão com travesseiros e cobertores. Cubra-o para mantê-lo aquecido e reduzir o risco de choque.

EMERGÊNCIAS ESPECÍFICAS – identificando e tratando problemas

Abaixo, várias tabelas para que você saiba o que fazer em determinadas situações. Lembrando que observar sempre o comportamento do cão ajuda a identificar possíveis problemas logo no início, sendo maiores as chances de cura.


DICA DO VETERINÁRIO

Os cães tem ótimos relógios biológicos. Também adoram rotina. Como resultado, eles têm necessidade física e psicológica de se aliviar no tempo certo. Isto é uma vantagem para nós, donos, porque torna mais fácil para nos organizarmos no quesito “toalete”. Um cão normalmente evacua duas vezes ao dia e urina cerca de quatro vezes, embora alguns indivíduos urinem com mais ou menos frequência.

É importante aprender a rotina e os rituais do nosso cão. Qualquer mudança nos hábitos ou no comportamento indicam um possível problema físico ou mesmo psicológico. Em qualquer caso, devemos contatar o veterinário.

EXAME COMPLETO DO CÃO

Abaixo, dicas de como fazer um exame completo no cão. O ideal é você ensinar o cão desde pequeno a ser manuseado desta maneira, examinando-o de cabo a rabo e recompensando-o sempre. Assim, além dele se acostumar a ser manuseado, você também saberá qual o estado normal dele e, qualquer anormalidade, já será fácil detectar e, se significar algum problema, as chances de cura serão maiores, já que você detectou algo anormal logo no comecinho.

Vamos ver como se examina um cão?

OLHOS

Procure por opacidade, vermelhidão ou machucados. Verifique as pupilas (muito dilatadas ou pequenas); pupilas dilatadas em luz normal podem indicar medo, dor ou choque. Mova rapidamente seu dedo perto dos olhos do cão; o cão deve vê-lo e piscar.

ORELHAS

Examine-as e veja se não há sangramento e machucados. Veja como o cão porta as orelhas; abaixadas podem indicar submissão, mas também dor, estresse ou fraqueza.

NARIZ

Veja se não há sangramento ou outra anormalidade. Veja se está seco, com crostas ou se perdeu pigmentação. Veja como as narinas se movimentam conforme o cão respira; se elas se moverem excessivamente, pode indicar problemas respiratórios.

BOCA

Veja se a gengiva está inflamada e se há dentes ruins. Veja se não há objetos estranhos e machucados na língua e céu da boca (palato). Estes machucados podem ser indicativos de um acidente (seja atropelamento, seja queda).

CABEÇA E PESCOÇO

Passe as mãos na cabeça, boca e pescoço. Veja se há inchaço, calor no local ou feridas. Mova a cabeça dele de um lado para o outro e para cima e para baixo, para ver se está com dor.

PEITO

Passe as mãos firme mas gentilmente no peito e costas do cão, veja se há excesso de calor, inchaços, protuberâncias ou sensibilidade ao toque. Afaste o pelo e veja se há descoloração da pele.

ABDOMEN

Veja se não está quente demais, duro, inchado, com protuberâncias ou sensível ao toque. Se você precisar sentir o pulso femoral, fica na parte interna da coxa, onde ela encontra o abdomen.

PATAS

Examine cada pata (perna) do cão, primeiro as dianteiras, depois as traseiras, vendo se estão simétricas. Sinta cada articulação e se não estão quentes ou inchadas.

PÉS

Veja se os pés estão ralados ou com outro tipo de machucado. Não esqueça de ver as almofadinhas também; veja se não há unhas quebradas e o estado da pele entre os dedos.

CAUDA

Não deve haver nenhum inchaço ou estar muito quente. Se ele não estiver mexendo muito a cauda, dê uma pressionada de leve na ponta dela, para ver se ele reaje. Falta de resposta indica machucado na cauda ou na espinha.

GENITAIS

Veja se o escroto está inchado ou machucado. Dê uma olhada também na abertura do pênis e da vulva, se há inflamação. Se o cão de repente começa a ter cheiro de urina no pelo, pode ser sinal de doença ou machucado.

REGIÃO ANAL

Levante a cauda do cão. A região anal deve estar limpa, sem sinal de fezes. Se houver um cheiro forte, indica que o cão está assustado ou machucado e precisa esvaziar as glândulas anais.

MEDINDO A TEMPERATURA

A temperatura normal do cão é de 38 a 39ºC, aproximadamente. Nervosismo, exercícios, calor e infecções aumentam a temperatura. Uma temperatura mais baixa pode ser devido ao choque ou exposição ao frio. Quando posssível, use um termômetro digital. Lubrifique-o com gel e insira-o gentilmente no reto, com um leve movimento giratório. Segure o termômetro, e a base da causa, por um minuto e meio, e retire-o. Desinfete o termômetro depois do uso.


ºC

O que fazer

Acima de 41

Refresque o cão, vá ao veterinário imediatamente

40,6

Vá ao veterinário dentro de 24h

40

Febre; telefone para o veterinário

39,4

Febre; telefone para o veterinário

38,9

Normal

38,3

Normal

37,8

Normal

37,2

Vá ao veterinário dentro de 24h

36,7

Aqueça o cão; vá ao veterinário imediatamente


HIPERTERMIA

O cão elimina calor através da língua, ofegando. Se o ambiente onde ele está está muito quente, este processo se torna ineficaz e o cão superaquece. A temperatura corporal aumenta rapidamente, levando à hipertermia. Se a temperatura chegar a 40,5ºC, o cão está em perigo. A morte pode ser rápida se não se resfriar o cão imediatamente.

TRATANDO A HIPERTERMIA

  1. Tire o cão do ambiente quente o mais rápido possível. Leve-o para uma área fresca, ventilada. Se possível, deite o cão em uma superfície gelada, ela ajuda a diminuir a temperatura corporal. Dê água gelada, com uma pitada de sal, para o cão beber (este sal ajuda a repor o sal perdido pela transpiração).

  2. Refresque a cabeça do cão; diminui o risco de aquecer o cérebro e melhora a respiração. Limpe a boca do cão, tirando a saliva, e passe uma esponja com água gelada na mesma. Coloque uma bolsa de gelo na cabeça do cão, para ajudar a reduzir o calor do cérebro.

  3. Se você está fora de casa, molhe o cão com mangueira ou coloque-o numa piscina infantil. Em casa, dê uma chuveirada ou coloque-o na banheira. Ou então, cubra-o com uma toalha molhada e vá jogando água gelada na toalha, para resfriá-lo. Massageie as patas do cão, para melhorar a circulação e evitar o risco de choque.

  • Nunca coloque a cabeça do cão na água.

  • Se o cão está inconsciente, não deixe a água entrar na boca ou nariz.

  • Em casos graves, o cérebro pode inchar. Trate contra choque, se necessário e vá imediatamente ao veterinário.

PREVENINDO

Hipertermia é um caso normal de morte evitável. Você pode preveni-la seguindo passos simples:

  • Proporcione sempre boa ventilação, acesso à sombra e bastante água fresca;

  • Em clima quente, cães de face achatada, idosos ou obesos devem ficar em ambientes frescose com bastante água;

  • Nunca deixe seu cão no carro, mesmo que você estacione na sombra e deixe a janela aberta;

  • No frio, nunca deixe seu cão no carro debaixo do sol.

AFOGAMENTO

SALVANDO O CÃO

  1. Salve o cão. Se ele estiver consciente, enrole-o numa toalha e mantenha-o aquecido. Se estiver inconsciente, tire a água dos pulmões: levante o cão pelas patas de trás e segure de ponta cabeça por 10 a 20 segundo, chacoalhando o corpo do cão.

  2. Deite o cão com a cabeça mais baixa que o peito, para ajudar a sair a água dos pulmões. Tire qualquer objeto da boca do cão e puxe a língua dele para manter as vias aéreas livres. Veja a respiração e circulação. Se houver batimentos cardíacos, mas sem respiração, faça respiração artificial; se ambos tiverem parado, faça ressuscitação.

QUEIMADURAS

TRATANDO QUEIMADURAS DE PRIMEIRO GRAUO mais rápido possível, lave o local da queimadura com água gelada para minimizar o dano à pele. Coloque uma bolsa de gelo por 20 minutos. Cubra a queimadura com uma bandagem que não grude. Vá ao veterinário no mesmo dia.




TRATANDO QUEIMADURAS DE SEGUNDO E TERCEIRO GRAUS Veja se há sinais de choque e trate-o. Passe um gel solúvel em água e coloque um pano seco. Evite usar algodão ou outro tecido com fibras, que grudam na queimadura. Leve o cão ao veterinário imediatamente.




TRATANDO QUEIMADURAS QUÍMICAS Use luvas. Lave a queimadura com água por cerca de 20 minutos. Para queimaduras com ácidos, use uma solução de bicarbonato de sódio em água. Lave a pele com xampu. Vá ao veterinário imediatamente.





DICA DO VETERINÁRIO

  • Nunca deixe seu cão sozinho perto do fogão ou da churrasqueira enquanto você cozinha.

  • Não aplique óleos, cremes, manteiga ou margarina na queimadura; elas danificam o tecido da pele ou aumentam o risco de infecção.

  • Ao tratar uma queimadura química, use luvas para se proteger.

  • Em queimaduras dentro da boca, deite o cão de lado e contenha-o. Lave a boca do cão com água gelada.

CHOQUE ELÉTRICO

AÇÃO DE EMERGÊNCIA

  1. Desligue a força. Se não for possível, coloque luvas de borracha, fique numa superfície seca e use um cabo de vassoura para tirar o cão da fonte do choque. Não coloque sua vida em risco. Se o cão está rígido, não toque-o até que a força tenha sido desligada. Não entre em contato com fluidos que estejam em contato com o cão.

  2. Veja se o cão está respirando e se tem circulação. Faça respiração artificial se a respiração tiver parado e ressuscitação se o coração parar. Trate queimaduras na boca lavando-as com água gelada e trate as queimaduras na pele com bolsa de gelo, para diminuir possíveis danos.



DICA DO VETERINÁRIO

Seguindo os passos a seguir, você diminui os riscos de choque elétrico.

  • Examine sua casa e jardim; tire do caminho qualquer fio ou cabo elétrico que possa ser roído pelo cão.

  • Sempre dê ao cão brinquedos apropriados pra roer, desde a infância dele.

  • Coloque um spray de gosto amargo nos fios e cabos elétricos, para que o cão desista de roê-los.

  • Nunca deixe o cão sozinho em um local com fios e cabos ligados na tomada.

  • Se não for possível remover os fios, desligue-os da tomada quando você estiver ausente.

Fonte: Livros - "Primeiros Socorros para Cães"
- " Caring for your Dog"
Fotos: Livro "Caring for your Dog" ; Suzie e Fúlvia

Obs.: Nenhum cão (no caso, a Suzie) foi ferido durante as sessões de fotos (apenas ganhou muitos petiscos por sua colaboração - e um passeio extra).