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quarta-feira, 28 de março de 2007

Extinção - Soluções com Clicker

Extinção é a suspensão do reforço. Quando você modela um comportamento, você começa por reforçar uma pequena parte deste comportamento. Quando você torna seus critérios mais duros, você para de reforçar usando menos recompensas. Por isso, os comportamentos não são mais recompensados e o cão para de apresentá-los, escolhendo, então, apresentar um novo comportamento que será reforçado.

Extinção não é punição. Punição é um acontecimento. Quando você pune, você ou adiciona algo (punição positiva) ou retira algo (punição negativa) para reprimir um comportamento. A extinção não é um acontecimento. Você não adiciona nem subtrai algo – você simplesmente não faz nada. Vamos ver um exemplo.

Todo dia, uma pessoa joga um biscoito pela cerca para o cão que vive ali. Um dia, entretanto, o biscoito cai um pouco mais longe que o normal. O cão tenta pegá-lo, mas não o alcança. Ele tenta cavoucar o chão, mas ele é muito duro. Então, tenta escalar a cerca, mas ela é muito alta. Tenta dar a volta, mas o portão está fechado. Ele tentará cada vez mais – esticando-se todo, contorcendo o corpo para ganhar milímetros extras para conseguir o biscoito. Ele vai tentar dar um impulso e pular bem alto. Mas, se ele não se sair bem nunca, uma hora ele irá desistir. Da próxima vez que ele estiver ali, ele pode tentar de novo, mas desistirá mais rápido.

Esse foi um exemplo da extinção. A cerca não deu um choque nele quando ele tentou passar por baixo ou escalá-la. O homem não tirou o biscoito dali. O que aconteceu foi que suas tentativas falharam. Quando uma tentativa não funciona, ele tenta outra. Tenta de novo. Tenta cada vez mais. Tenta algo diferente. Essas são as características da extinção – características que nós levamos em conta quando aumentamos nossos critérios quando moldamos um comportamento. Depois que ele parou de tentar pegar o biscoito, ele ocasionalmente tentará de novo. Esta é outra característica da extinção, chamada "recuperação espontânea". Se ele pegou o biscoito durante a recuperação espontânea, o comportamento poderá voltar, muito forte. Entretanto, com poucos reforços, o comportamento acaba novamente.

Então, como usar a extinção? Quando você adestra, defina o critério específico que você deseja em cada seção. Por exemplo, quando você começa a ensinar o comando "senta", você irá recompensar o cão por ter posto o bumbum no chão. Se o cão faz qualquer outra coisa – por exemplo, ele deita ou late – você ignora.

Quando o cão começar a se sentar, você aumenta seu critério. Ao invés de apenas qualquer tipo de "sentado", você decide recompensar apenas quando o cão senta bem retinho – sentado quando os pés traseiros estiverem alinhados com os pés dianteiros. De repente, alguns dos "sentados" que você costumava recompensar não estão mais sendo recompensados. O cão experimenta outros tipos de "sentado" para descobrir em qual deles ele ganhará a recompensa. Estas "experimentações" são parte da extinção – tentar de novo, tentar cada vez mais, tentar algo diferente. Gradualmente ele sentará cada vez mais reto, certo. Como você não recompensa mais os outros tipos de "sentado", eles acabarão.

A extinção também pode ajudar a solucionar alguns problemas de comportamento. Por exemplo, um cão que pula nas pessoas para chamar a atenção. Se as pessoas de repente não respondem a este comportamento – literalmente virando "estátua" – o cão terá que tentar algo diferente para receber a atenção que ele tanto quer. Se as pessoas derem muita atenção ao cão como recompensa apenas quando ele estiver sentado – e rejeitar os pulos – então o cão começará a sentar para receber os agrados.

Mas, para isso se tornar verdadeiro, o treinador deve controlar os reforços. Se um comportamento em si é auto-recompensador ou recompensado pelo ambiente, a extinção falhará, a menos que o treinador possa oferecer uma recompensa melhor. Latir freqüentemente é um comportamento auto-recompensador. Esperar que o cão comece a latir quando alguém passar pelo portão para simplesmente deixá-lo chateado com o "reforço negativo" é algo fútil. Quando se estiver lidando com comportamentos auto-recompensadores ou que o ambiente recompensa, uma combinação de direção, reforços positivos e reforço negativo são soluções alternativas.

Comparação entre extinção e reforço negativo:
* Ambos diminuem a ocorrência de um comportamento.
* Reforço negativo é um ACONTECIMENTO – remove alguma coisa que causa o mau comportamento.
* Extinção é um NÃO ACONTECIMENTO. É falta de reforço. Neste caso você não pega algo bom para fortalecer o comportamento ou faz algo que reprima um comportamento. A extinção é algo que apenas "não deu certo" e não acontece a recompensa.
* Ambas são frustrantes para o aluno. O nível de frustração varia de cão para cão em situações específicas.
* A punição é uma maneira efetiva de se mudar um comportamento, mas mesmo quando usada corretamente, pode ter outros efeitos, como medo e agressividade. Na extinção não ocorrem esses "efeitos colaterais".
* A extinção leva o cão a mudar o seu comportamento – tentar de novo, tentar cada vez mais, tentar algo diferente. A punição, por outro lado, reprime um comportamento, levando o cão a fazer menos coisas, restringindo-as apenas àquelas que ele sabe que vai ganhar alguma coisa.
* A extinção pode causar uma diminuição no número de respostas. Mas, isso é mais comum de ocorrer se o número total de recompensas também diminuir, como quando o treinador coloca muitos critérios ou os aumenta muito rápido.
* A extinção só funciona quando o comportamento não é auto-recompensador para o cão.

Para saber mais: www.clickersolutions.com

segunda-feira, 19 de março de 2007

Qual a diferença?

Imagine alguém batendo em seu cão. O que você faria? Acharia engraçado? Acharia que ele não sente dor? Então, porque acha engraçado e divertido assistir aos rodeios, onde os animais sofrem, apanham, pulam de dor, quebram as patas e, no caso dos bezerros, a coluna? Qual a diferença?

O que você sentiria se alguém quisesse jogar ácido em seu cão, só pra ver o que acontece e se realmente ele é ácido? Você aceitaria? Então, porque aceita usar cosméticos que fazem testes em animais, sejam eles cães, gatos e coelhos, testes estes feitos sem anestésicos e que provocam dores extremas? Qual a diferença?

Desliga a TV quando aparecem cenas de animais caçando outros animais? Acha um absurdo comer-se carne de cachorro na China? Mas você já visitou um matadouro? Já viu as condições nas quais os animais ditos de “abate” (bois, porcos e aves) são mantidos, transportados e assassinados, ops, abatidos? Qual a diferença?

Você está com um filhotinho em casa. Procura mantê-lo sempre bem alimentado e vivendo em condições excelentes de higiene, além de lhe proporcionar exercícios e brincadeiras. O que você acharia de dar-lhe uma alimentação pobre, deixando-o anêmico e deixá-lo viver enclausurado durante boa parte da infância, sem ver a luz do sol e sem espaço sequer para se deitar? Um absurdo? Pois saiba que é isso que acontece com os bezerros destinados à produção de carne de vitela. Você está comendo a carne de um animal anêmico e que sofreu durante três longos meses, desde o dia do seu nascimento. Qual a diferença?

Você deixaria seu cão ser adestrado por alguém que batesse nele, usasse de violência para conseguir um simples “Senta” ou “Deita”? Então, por que vai a circos que têm animais, que são adestrados por meio de choques, pauladas, ficam dias sem comer, apenas para entreter o público? Qual a diferença?

Você gostaria que alguém pegasse seu cão, gato, ou até mesmo você, desse um choque para matar (o que na verdade só faz desmaiar) e tirasse a pele dele (ou sua) ainda vivo, sentindo todas as dores possíveis e imagináveis? Então, por que acha lindo um casaco de pele, que precisou de um número grande de animais mortos para ser feito (cerca de 70 raposas, se for de raposas, e mais de 120 coelhos, se for de coelho), animais que são esfolados ainda vivos? Qual a diferença?

O que você sentiria ao viver preso em uma jaula, sem companhia, sem nada para fazer, e com pessoas atirando pedras em você, gritando, batendo nas grades da jaula? Saiba que muitos animais vivem nestas condições: animais de zoológicos, de circo, de fazendas de pele, de fábricas de filhote, bois, porcos... Qual a diferença?

Por outro lado, gostaria de viver em um galpão, com luz 24h por dia, vivendo em um lugar com capacidade para cinco pessoas mas vivendo com cinqüenta, sendo pisoteado, um lugar super quente, estressado e sem conseguir dormir e sequer se mexer? As galinhas, perus, patos e outras aves vivem nestas condições, só para que você possa saborear uma deliciosa coxinha. Qual a diferença?

Você gostaria de, ao chegar numa certa idade, ou mesmo quando estivesse doente, momentos onde mais se precisa de carinho e de uma família, ser abandonado na rua? Então por que você faz isso ao seu cão ou gato quando ele chega na velhice? Eles sofrem tanto quanto você. Qual a diferença?

Você acha um absurdo castrar o seu animal, pois ele sentirá falta de sexo? Saiba que a maioria dos animais, cujos donos pensaram a mesma coisa, tiveram filhotes e, destes, a maioria se encontra no corredor da morte nos milhares de CCZs espalhados pelo país, morrendo muitas vezes de forma dolorosa, como em câmaras de gás ou a pauladas. E, destes animais, 40% a 50% são cães de raça. Você já imaginou que um filhote da sua linda cadela pode vir a para em um destes “agradáveis” lugares? Gostaria que isso acontecesse? Qual a diferença entre ele e um outro?

Uma criança de um ano é menos inteligente que um cão, um boi ou até mesmo um porco. Você a comeria? Por que não? Qual a diferença?

Você acaricia um cão, mas come um boi. Por que ama um e come outro? Qual a diferença?

Muitos acham que os animais foram feitos para nós, mas isto não é verdade. Seria o mesmo que achar que as mulheres foram feitas para os homens, ou que os negros foram feitos para os brancos. Não deixa de ser um pensamento especista (como o primeiro é sexista e o segundo, racista). Os animais sofrem, sim, e muitas vezes até mais que nós, pois seus sentidos são mais aguçados. A única diferença, é que eles não conseguem falar. Mas, será mesmo necessário que eles tenham que falar para que entendamos o quanto sofrem? Quem já olhou nos olhos de um animal que está no matadouro? Nos olhos de um cão abandonado? De um animal machucado? De um animal enjaulado? Uma imagem vale mais do que mil palavras, e os animais se expressam através de imagens. Nós é que não as compreendemos. E ainda qualificamos os animais de irracionais. Justamente pelo fato de não os compreendermos. E tudo aquilo que não compreendemos, tendemos a destruir.

Prova disso é a enorme quantidade de animais ameaçados extinção, a produção em massa de carne animal, alimento esse dispensável aos humanos, que em sua essência, não são classificados como carnívoros (basta ter a curiosidade de olhar em um livro de Zoologia e ver que não somos carnívoros), a produção de pele e couro, totalmente inúteis e supérfluas ao nosso bem-estar. Por que fazemos tudo isso? Porque nos falta um sentimento: compaixão. A compaixão não é ter apenas dó, mas sim se colocar no lugar de, e fazer algo que faça a diferença, em prol daquele ao qual tivemos compaixão.

Nós temos a inteligência, mas a usamos em malefício do próximo, seja humano ou animal. Inventamos inúmeras coisas ótimas, mas também outras que visam a destruição. Outras, que visam apenas o paladar de pessoas que se dizem “chiques”, mas que na verdade são fúteis e cruéis. É o caso da produção de vitela e patê de fígado de ganso.

Usamos nossa inteligência para abusar dos animais. Não há nada de diferente na criação deles hoje com o holocausto da Segunda Grande Guerra Mundial. Onde está o nosso coração, nossos sentimentos? Nos preocupamos somente com nós mesmos, o que é uma lástima.

Meu sonho é viver em uma sociedade onde haja RESPEITO e AMOR, um complementando o outro. Só assim viveremos em uma sociedade justa, uns ajudando os outros. E não falo apenas pelos animais, mas também pelos humanos. A minha luta é pelos animais; isto não quer dizer que eu despreze os humanos.

Será que meu sonho é uma utopia? Deus queira que não; e eu luto para que se torne uma realidade.

Uma frase me marcou muito: “Na relação homem x animal, nós somos aqueles que mais têm dívidas”. Não me lembro quem a disse, nem onde a ouvi, mas é a mais pura verdade. Pense nisso!

Por Fúlvia Zepilho de Andrade

segunda-feira, 5 de março de 2007

Alguns Conselhos Para Promover o Vegetarianismo

Alguns conselhos para promover o vegetarianismo e o veganismo http://www.veganoutreach.org/advocacy/conseils.html
Tradução e adaptação do artigo Tips for promoting Veganism traduzido por Laurent Dervaux.

COLOCAR-SE NO LUGAR DO OUTRO
Para promover de forma eficaz o vegetarianismo, temos que concentrar nossos esforços em :
· Informar o público com documentos credíveis, convincentes e objetivos.
· Responder perguntas objetivas
· Fornecer documentos às escolas
· Fazer campanhas com folhetos para obtermos refeições vegetarianas nos estabelecimentos públicos e demais refeitórios.
· Colaborar com os produtores para que possam existir mais pratos vegetarianos
· Fornecer às pessoas uma lista de restaurantes vegetarianos ou que proponham alternativas vegetarianas.

A experiência nos mostrou que a maneira mais eficaz de aumentarmos o número de vegetarianos é através da informação do público feita de forma construtiva e compreensiva, em vez de criarmos uma atmosfera de confronto . Colocar-se à disposição das pessoas implica paciência e habilidade e pode ser frustrante, mas vale a pena.A necessidade de divulgar informações é evidente quando compreendemos que a maior parte das pessoas não enxerga o vegetarianismo assim como nós o vemos. A maioria o enxerga como uma privação de seus alimentos preferidos, alimentos que acreditam serem necessários para se sentirem satisfeitos e sadios. Desde crianças aprenderam que comer produtos de origem animal era bom e necessário. Então é preciso que lhes forneçamos novas informações de maneira que vejam as coisas de forma diferente sem entretanto lhes colocar em uma atitude defensiva.
Além de terem que renunciar a seus alimentos preferidos, existe um outro obstáculo que dificulta a aceitação e a prática do vegetarianismo. Este obstáculo vem do fato das pessoas não quererem encarar as implicações morais da alimentação carnívora.
Recusar comer os animais, não é apenas reconhecer que estávamos errados no passado, é também mostrar implicitamente à família, aos amigos e aos colegas que isto não é correto. Essa atitude defensiva é bem compreensível e levanta um problema cuja solução não é fácil.

IDÉIAS
É preciso passar uma impressão positiva e forte do vegetarianismo, defendendo-o de maneira hábil para que ele seja bem percebido pelo público. O simples fato de ser um vegetariano auto-confiante e que se exprime bem é suficiente para induzir as pessoas a falarem sobre o tema.
Idéias que podem levar as pessoas a se informarem sobre o vegetarianismo :
· Colocar uma observação que mostra que você é vegetariano em seu endereço e-mail ou na assinatura abaixo dos emails. Algumas pessoas também incluem um link para um site web vegetariano ou uma citação célebre na assinatura de seus emails.
· Usar roupas onde apareça a palavra “Vegetariano” – pode proporcionar a ocasião de promover o vegetarianismo e de fornecer documentos às pessoas que perguntam sobre as roupas.
· Escrever artigos e cartas às revistas, jornais, inclusive aos endereços de outros grupos locais (pacifistas, ecologistas). Em vez de recitar de cor uma lista de argumentos, conte uma história para os leitores, algo que lhes permita fazer uma identificação com você. È pouco provável que, de cara, vários leitores se tornem vegetarianos, mas um texto que leve as pessoas à refletirem contribui para destruir as barreiras da resistência e da negação.
· Propor uma conferência ou um debate sobre o vegetarianismo ou os animais e a ética. As Igrejas, as universidades e os centros municipais que propõem freqüentemente séries de conferências e debates, procuram sempre palestrantes. Associações maiores podem fornecer o material necessário.
· Divulgar documentários
Para um grande número de pessoas, podemos alugar aparelhos de televisão. vídeo e salas.

· Deixar os documentos visíveis
Como por exemplo panfletos pregados em sua porta ou deixados em lojas de produtos naturais, restaurantes, bibliotecas, etc. Na internet podemos encontrar posters que podemos copiar e imprimir e que convém perfeitamente pregados em um grande quadro de aviso das universidades.

· Propor comida vegetariana.
Parece algo lógico, mas não é. Já caímos em várias armadilhas no passado e essas situações afastaram as pessoas da comida vegetariana. Uma armadilha é a de se servir pratos muito leves, o que confirma para as pessoas o preconceito de que a comida vegetariana não satisfaz e tem pouco sabor. Outra armadilha são os alimentos que têm “o mesmo gosto” do que a carne. Na maioria das vezes, isso é falso, pois o gosto é bem diferente. Último problema: servir pratos exóticos que sejam muito temperados ou estranhos demais para quem os prove. Aconselhamos então que vocês sirvam pratos fáceis de serem preparados, à base de alimentos simples (massas, batatas, feijões e leguminosas) acompanhados com diferentes tipos de molhos, por exemplo, uma entrada de houmous (pasta de grão de bico com tahini e limão). Se você servir alimentos parecidos com a carne (proteína de soja texturizada, seitan), sirva-os com temperos normais (mostarda, pepino em conserva, etc).

· Criar ou afiliar-se a um grupo local de vegetarianos
A liberação animal faz progressos graças à distribuição de grande quantidade de panfletos, graças a associações que são bem visíveis, que possuem muitos membros e que operam localmente. Algumas pessoas lerão um panfleto sobre o vegetarianismo, depois se tornarão vegetarianas por conta própria, mas a maioria das pessoas precisará de uma estrutura que as apóie, que lhes aconselhe sobre a compra de certos alimentos, de listas de restaurantes vegetarianos, de informações e referências nutricionais. Com certeza este grupo deverá responder artigos estúpidos que serão publicados, deverá tentar fazer palestras em escolas e clubes, dar cursos de culinária, colaborar localmente com as escolas e restaurantes para aumentar o número de opções vegetarianas, apoiar os estudantes que hesitem em colocar um logotipo “vegetariano” em suas roupas, etc. Há tanta coisa que um grupo local pode fazer... Para obter mais informações sobre a criação de um grupo local, entre em contato com as grandes associações ou leia o guia VUNA na internet.

· Distribuir folhetos
Em vez de fazer uma manifestação, os militantes (ou mesmo uma só pessoa, o que promove ganho de tempo para o grupo) pode ir até uma universidade (uma feira, um mercado ou algum outro evento) e propor folhetos (ou uma mesa informativa com documentos). Mesmo se este tipo de ação não traz uma vitória imediata, provoca impactos que fazem a liberação animal progredir. De que outra maneira podemos empregar eficazmente uma hora de nosso tempo?

COMO COMUNICAR
Saber comunicar de forma a levar as pessoas a refletirem não é algo que se aprende de um dia para outro. Ao longo dos anos, aprendemos a evitar um certo número de inconvenientes e entrevermos outras possibilidades.Normalmente as pessoas não reagem bem à comunicação unidirecional, nossa em direção a elas. Por exemplo, alguns militantes têm a tendência de fazerem de tudo para tentarem convencer os outros, isso lhes faz passar por fanáticos religiosos. Do mesmo modo, quando os militantes dão a impressão que tentam converter, as pessoas resistem.Um militante nos contou o que funcionou para ele: “entrei para a universidade há cerca de um ano. Duas vezes por semana eu usava minha camiseta e meu pullover que continham a palavra “Vegan”. Durante meses a fio apenas algumas pessoas fizeram observações, depois, pouco a pouco, outras pessoas passaram a me perguntar sobre o veganismo. Eu tento não enchê-las de informações mas ofereço-lhes um panfleto ou um folder maior quando isso é possível. Alguns fazem piadinhas sobre a carne, eu respondo com um sorriso e tento não me mostrar chateado. Se desejamos que as pessoas se tornem vegetarianas, devemos criar ocasiões nas quais o vegetarianismo suscite a curiosidade e não pareça algo fora de mão. É necessário que saibamos demonstrar inteligência, doçura, racionalidade, que nos mostremos como pessoas que desejaríamos ter como amigos, que desejaríamos conhecer e com as quais gostaríamos de parecer.

É difícil ficar calmo quando as pessoas caçoam de nós ou dos animais que são comidos. Mas devemos ter em mente que o mais importante é a difusão e o aumento do vegetarianismo, não a proteção de nossos egos; por isso devemos sempre responder de forma cordial propondo informações pertinentes.
Quando conversamos com uma pessoa verdadeiramente franca e sincera, devemos escutar tudo e responder da mesma forma, com honestidade. Mesmo que tenhamos uma convicção forte, devemos, todavia, reconhecer que também temos limites.
Visto que a civilização humana foi construída sobre a exploração dos humanos e dos animais, o mundo no qual vivemos traz em si uma certa ambigüidade moral. Você pode dizer, por exemplo: “Não ambiciono ter todas as respostas à pergunta Como devemos viver? Mas sei que os animais sofrem nas fazendas industriais e nos abatedouros e penso que devemos fazer o máximo para evitarmos contribuir com estes sofrimentos”.Os graus de abstinência
Podemos apresentar o veganismo de duas formas diferentes. A primeira, indicando que um vegan deve sempre pesquisar todos os ingredientes de origem animal nos produtos que compra e se abster daqueles que tiverem a mínima porcentagem deles.
A segunda atitude consiste a apresentar o veganismo dizendo que um vegan não deve se estressar constantemente para evitar todos os sub produtos de origem animal.

ARGUMENTOS ESPECÍFICOS
Antes, precisávamos de discutir sobre tudo com as pessoas, sempre com a tendência de termos um argumento a cada uma de suas objeções contra o veganismo, e assim a conversa ia até os hábitos alimentares de Jesus ou do avô carnívoro que morreu com 102 anos, ou ainda os esquimós que encalharam em uma ilha deserta ou o caso do coração de um porco que salvou um menino.
Face a estas questões, é muito difícil segurar sua língua, não dar uma resposta irônica, malvada ou racional. Mas não se trata de ganharmos um jogo, cada argumento sólido não vale um ponto. Nosso papel é o de levarmos as pessoas a mostrarem compaixão e devemos por isso sermos conscientes e respeitarmos suas motivações, seus medos, seus desejos e suas fraquezas. Devemos sempre direcionar a discussão ao fato que comer os animais causa sofrimentos e que cada um de nós pode evitar contribuir com esses sofrimentos.
Freqüentemente as pessoas usam a religião para justificarem o fato de matar os animais para comê-los. Alguns vegetarianos respondem a este argumento dizendo que Jesus era vegetariano. Mesmo se alguns dados históricos fazem crer que Jesus foi membro de uma seita vegetariana, a maioria das pessoas não acreditará nisso pois é algo que entra em contradição com toda sua vida religiosa e devotada. Utilizar este argumento nos faz passar por pessoas prontas a dizerem tudo para ganhar nossa causa, ou pessoas ainda cheias de ilusões.

Uma resposta poderia ser: “Você acha que Deus te puniria pelo fato de você não comer os animais? E se você fosse alérgico à carne?” depois, refira-se novamente ao fato que os animais também sofrem e querem viver. “Porque temos tantos alimentos na terra, comer carne é algo desnecessário. Podemos colocar em prática nossa compaixão, que Deus, segundo numerosas pessoas dizem, nos deu, e escolhermos um alimento que não faça nenhum ser sofrer”.

Vários militantes nos perguntam o que devem responder quando as pessoas falam sobre a criação de animais ao ar livre. Aconselhamos que você insista que as criações de animais do tipo “tradicional” não são controladas de forma rígida para que o bem estar dos animais possa ser assegurado, e também insista no fato dos abatedouros serem um lugar de violência e sofrimento para os animais. Enquanto os animais forem vistos como meros objetos de consumo, podemos esperar que sejam maltratados.

Até as pessoas que dizem “eu não poderia viver sem comer carne” podem ter vontade de saber um pouco mais sobre o vegetarianismo quando nós tentamos compreender o que essas pessoas sentem. Pode ser algo muito difícil para os que são vegans há muitos anos, para quem comer vegetais é algo tão fácil e se tornou um hábito natural. Pode ser difícil para essas pessoas se lembrarem como o vegetarianismo pode soar para alguém que baseia sua alimentação no consumo de produtos animais. Respondemos que “a maioria dos que hoje em dia são vegetarianos ou vegans, um dia também sentiram que nunca poderiam parar de comer carne (dê um exemplo pessoal)... alguns reduzem pouco a pouco os produtos animais, parando de comer presunto no café da manhã, logo depois parando de comê-lo no almoço e, depois, no jantar. Talvez mais tarde possa parar também todos os outros produtos de origem animal. Quanto menos consumirmos os produtos oriundos dos animais, menos os animais sofrerão.

Erik Marcus aborda bem o problema em seu livro Vegan : The New Ethics of Eating :
"Quando comecei a me interessar pelo vegetarianismo e pelo veganismo, escolhi descobrir receitas de outros países ou um novo tipo de alimento a cada semana. Na primeira semana descobri a cozinha indiana, na outra, um cereal estranho chamado “quinoa”. A cozinha tailandesa, a do Oriente Médio, o seitan, o levedo de cerveja. Em pouco tempo meu cardápio estava mais variado e rico em diversidade e sabor do que o antigo, quando comia carne”.
· Depois de termos vencido várias etapas, esperamos muito dos outros
Um vegetariano recente geralmente tenta discutir suas idéias novas com os outros, e fica surpreso com sua família e seus amigos que geralmente opõem uma certa resistência a estas novas idéias e também reagem com raiva ou ridicularizando-as. Adicionado a este fato, a maior parte dos vegetarianos vê os comedores de carne como pessoas que apóiam uma certa forma de crueldade e passam a desenvolver contra os onívoros um sentimento próximo ao ódio.
Efetivamente, para o vegetariano parece ser quase um dever evitar os onívoros e boicotar toda reunião onde haja carne.
Muitos de nós passamos por essa fase e muitos vegetarianos antigos lamentam por terem cedido à raiva e à indignação no início.

Entretanto, para mudarmos a forma como a sociedade trata os animais, é preciso que a compaixão que sentimos por eles transpareça através da dor que sentimos face à exploração que sofrem. As pessoas apenas se interessarão ao vegetarianismo se nos fizermos respeitar e admirar, em vez de nos considerarem como frios e moralizadores.Esperamos que os outros reajam exatamente como nós. Daí vem a grande dificuldade que temos em nos manter amáveis e dóceis. Devemos realmente compreender os outros, lhes dar tempo para administrarem suas próprias situações, em vez de envenenarmos os relacionamentos, fazermos inimigos e alimentarmos o esteriótipo do vegetariano extremista e agressivo.

Mesmo que seja difícil, é, com certeza, preferível tanto em nossos relacionamentos com os outros quanto para a nossa boa saúde mental, que não esperemos muito das pessoas. O que não significa que o sofrimento animal deva ser esquecido. É importante dizer honestamente o que você sente. Enquanto mantermos a amabilidade e a tolerância, nosso exemplo durável de vegetariano, combinado com as informações que passamos, torna-se uma força positiva para as pessoas.

Se desejamos que as pessoas compreendam, respeitem e se identifiquem com os animais, devemos ter esse mesmo comportamento com aqueles com quem conversamos.

Mesmo se várias informações disponíveis atualmente não estejam atualizadas ou estejamos mal documentados, podemos encontrar outros documentos para nos ajudar a melhor conhecermos todos os pontos que possam ser abordados, por exemplo os documentos das sociedades vegetarianas acessíveis pela internet.Além disso, ninguém precisa ser uma enciclopédia viva. As razões mais simples para se tornar vegetariano são, geralmente, as mais persuasivas: “Eu não gosto de sofrer e, por essa razão, não quero que os animais sofram”.

Há várias maneiras de abordar a situação dos animais não-humanos. Nos Estados Unidos, alguns acentuam as noções de justiça e de direitos, que convém bem aos ideais americanos. Os que se referem aos direitos dos animais referindo-se à noção moral do que é justo, mostram às pessoas, que acreditam neste mesmo ideal, que a noção de justiça deve também incluir os animais não-humanos. Outros se apóiam na necessidade de ajudar os outros, de cuidar dos outros, e falam de compaixão, de dor, do horror sentido face aos sofrimentos dos animais.

Vendo como as pessoas reagem quando respondem às nossas perguntas, podemos decidir que que tipo de argumento usaremos : ética ou compaixão. Claro que várias pessoas dão importância aos dois (a moral e a compaixão).

As pessoas detestam a injustiça pois causa o sofrimento de vítimas inocentes. Você pode dizer então: “Muitos crêem que a compaixão e o ideal de um mundo mais justo devam governar nossas relações com os animais”. As pessoas procuram ser lógicas, no que concerne suas idéias. Mostre-lhes que a preocupação com o sofrimento dos animais e a preocupação com o que é moralmente justo conduz a recusarmos explorar os animais.

OBSERVAÇÕES FINAIS
A evolução moral e espiritual que buscamos precisa de tempo e paciência para ser realizada.

O combate pela paz e pela justiça é tão velho quanto a humanidade. Para sermos capazes de militarmos até o fim de nossos dias, devemos também cuidar de nós fisicamente, emocionalmente e espiritualmente.

quinta-feira, 1 de março de 2007

A importância das Brincadeiras

Assim como brincar e se divertir torna nossa vida menos estressante, o mesmo acontece com os cães. Na verdade, incorporar brincadeiras na rotina diária do cão é vital para que ele desenvolva uma personalidade saudável e amorosa.

Brincar é importante por muitas outras razões:

· Melhora a saúde física do cão. Brincadeiras ajudam a manter o coração do cão saudável, mantém as articulações lubrificadas e melhoram sua coordenação.

· Saúde mental. Jogos com regras forçam o cão a usar o cérebro, não apenas o corpo.

· Desenvolve habilidades sociais. Quando seu cão brinca com outros cães e pessoas, ajuda a melhorar suas habilidades sociais.

· Aumenta sua ligação com seu cão. Mesmo que seja por poucos minutos por dia, brincar com seu cão ajuda a fortalecer os laços entre vocês.

· Melhora sua saúde. Quer maneira melhor de aliviar o estresse de um dia agitado no trabalho e praticar um pouco de exercício que voltar para casa e brincar com seu cão?

Como brincar com seu cão
Existem maneiras certas – e erradas – de brincar. A coisa mais importante para lembrar é que você é o chefe. Você decide quais serão as brincadeiras e estabelece as regras. Isto ajuda a estabelecê-lo como líder. Também ajuda a evitar que seu cão fique muito excitado e fora de controle enquanto brinca. Se seu cão se torna difícil de lidar, simplesmente pare a brincadeira até que ele se acalme.

Quando você ensina um novo jogo ao cão, use muitas recompensas quando ele o fizer direitinho.
Lembre-se: as recompensas não precisam ser apenas petiscos – você também pode recompensá-lo com seu brinquedo favorito, carinhos e elogios.

Quando você começa a ensinar um novo jogo, faça-o de forma simples e aumente a dificuldade dele aos poucos, até que o cão entenda completamente as regras do jogo. Além disso, espere que ele entenda completamente um jogo antes de ensiná-lo outro, senão, ele vai ficar super confuso.

Dicas para a hora da brincadeira
· Evite jogos de luta, que encorajam o cão a morder e/ou mostrar um comportamento agressivo.

· Tenha o controle sobre o jogo o tempo todo. Mostre ao cão que você é o líder, não outro cão. Brincar de buscar objetos ensina esse controle.

· Não inclua seu corpo ou roupas como parte das brincadeiras.

· Incorpore comandos como “Senta”, “Deita” e “Fica” em todas as brincadeiras.

· Você decide quando é hora de parar. A melhor hora pra parar a brincadeira é quando seu cão ainda está com vontade de brincar.

· Se, por alguma razão, o cão parece não entender o jogo em algum ponto, volte para o início dele ou simplesmente tente de novo alguns dias depois. Não fique nervoso se ele não estiver entendendo – é só um jogo!
http://www.pedigree.com/dogsandpuppies/adult+dogs/behavior/fun+with+dogs/dogknows_importanceofplay.asp
A importância das brincadeiras e do exercício para a saúde e longevidade do cão

Brincadeiras e exercícios mantém o sistema respiratório e circulatório do seu cão em boa saúde. Ajuda a controlar a obesidade, mantém a musculatura definida e as articulações flexíveis. Também gasta energia, alivia o tédio e mantém a mente dele ativa. Os exercícios são especialmente importantes em animais idosos; embora suas habilidades podem variar, dependendo de sua saúde. Melhor de tudo, quanto mais tempo você passa com seu cão, melhor é a ligação entre vocês e, consequentemente, melhora a relação. O ideal é brincar e exercitar o cão todos os dias.

Quando devo começar a exercitar meu cão?
O melhor é começar quando ele é novo. Mas, não importa a idade dele, o exercício é benéfico.

· Filhotes – até a 7ª semana, os filhotes não respondem às brincadeiras, pois ainda estão aprendendo a se mover, andar e socializar. A partir da 7ª ou 8ª semana, você pode começar a lhe dar brinquedos simples, para que ele os investigue e brinque com eles. Já para os gatos, não é indicado brincar com eles quando têm menos de 4 semanas de vida. Durante o primeiro mês eles dormem e mamam a maior parte do tempo, para crescer. Assim que ele tiver pelo menos um mês, você pode apresentá-lo às brincadeiras.

· Animais mais velhos precisam começar devagar no programa de exercícios. É recomendável levá-lo ao veterinário, para exames que verifiquem se seu cão (ou gato) está saudável e pronto para começar os exercícios e brincadeiras. Uma boa maneira de deixar seu cão animado com os exercícios é incorporá-lo às brincadeiras.

Fique de olho neles!
· Fique de olho para ver se ele não está se super exercitando ou se está com dor. Se você notar algum sinal, dê uma pausa e, se isso não ajudar, pare. Leve-o ao veterinário se o problema continuar.

· Mantê-lo bem alimentado e com água fresca e limpa disponível é importante. Certifique-se de que há água suficiente para ele.

· Fique de olho em sinais de super aquecimento: ofegar demais, salivar, gengivas vermelhas, batimentos cardíacos rápidos, vômitos, diarréias e fraqueza. Se você acha que ele está super aquecendo, pare e resfrie-o com água fresca.

Como brincar e se exercitar com seu cão
· Cães adoram correr e pegar coisas, então é fácil dar-lhes o exercício que precisam. Um jogo de “pegar a bolinha” (ou qualquer outro objeto que ele goste), diário e por quinze minutos é o suficiente para deixá-lo feliz e cansado, principalmente se petiscos estiverem envolvidos.

· O cabo-de-guerra é um bom jogo também, mas é importante manter regras em jogos como esses, para que ninguém se machuque.

· Se o seu cão ama a água, tente fazê-lo pegar objetos jogados na água. É muito divertido, principalmente em dias quentes, além de manter o cão refrescado.

. Se você quer começar um plano de exercício, por que não tenta com seu cão? Eles adoram correr e são a perfeita desculpa para que você saia e se exercite! Lembre-se de começar devagar, começando com uma caminhada leve, seguida de uma corrida e terminando com mais uma caminhada leve.
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