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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Desidratação

A desidratação é um dos quadros clínicos mais comuns na medicina veterinária, pois são muitas as doenças que podem causar perdas excessivas de líquidos ou diminuição do consumo de água.
A massa total de água nos mamíferos varia muito conforme a idade. Os animais jovens possuem entre 70% e 80% do peso vivo em água, enquanto os adultos têm entre 60% e 65%.

Causas de desidratação
São variadas as causas que levam à desidratação, e podem ser divididas em dois grandes grupos: as que causam diminuição de consumo (como por exemplo, ausência de consumo alimentar, doenças sistêmicas que inibem os centros de apetite e sede, e também a privação de água) e as que causam excesso de perdas (urina em excesso - poliúria, distúrbios gastrintestinais - estômago e intestino - como vômitos e diarréias, respiração ofegante, salivação excessiva, alterações de pele como queimaduras, entre outros).

Os sinais clínicos de desidratação ocorrem quando há perda de peso da ordem de 5 a 8%, enquanto perdas de 10 a 15% resultam, normalmente, em choque.
Os sinais clínicos mais utilizados para estimar o grau de desidratação são a elasticidade da pele, hidratação da córnea e cavidade oral, pressão ocular, tempo de preenchimento capilar, entre outros.

Tabela: Grau de desidratação e sinais clínicos normalmente presentes.
até 5% - Sem sinais.
5% - Leve inelasticidade da pele, mucosa seca, urina concentrada, cansa fácil.
6 - 8% - Pele sem elasticidade, Tempo de preenchimento capilar acima de 3 segundos, olho profundo, mucosa oral viscosa e seca, conjuntiva congesta e seca, urina concentrada.
10 - 12% - Pele severamente inelástica, TPC acima de 3 segundos, olho profundo na órbita, mucosa pálida, pulso rápido e fraco, contração muscular involuntária , depressão.
12 - 15% - Choque e morte iminente.

Fluidoterapia
A fluidoterapia é o que comumente chamamos de “soro”. Ela é geralmente necessária para a correção da desidratação ou para a manutenção da hidratação em animais que não estão se alimentando e/ou bebendo água. A fluidoterapia pode também ser utilizada para manutenção do acesso vascular para administração de medicamentos ou durante a cirurgia. Desequilíbrios hidroeletrolíticos (da água e eletrólitos do corpo) ocorrem em várias situações clínicas em animais domésticos, já citadas acima. Em animais de grande porte, as condições clínicas mais comuns que requerem fluidoterapia são diarréias, choque, síndrome cólica, desidratação após exercícios físicos extenuantes sob condições climáticas adversas, desequilíbrios metabólicos, obstrução ou ruptura esofágica e doenças renais.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Silvia Franco. Manual de Terapêutica Veterinária, 2º edição, Editora Roca LTDA, São Paulo, 2002. Pág. 478 a 491.
DIBARTOLA, S.P. Introduction to fluid therapy. In: DIBARTOLA, S.P. Fluid Therapy in Small Animal
Practice. 2.ed. Philadelphia, W.B. Saunders, 2000. cap. 9, p. 189-210

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

A Carne é Fraca


Oi pessoal =)


Esse blog, dedicado aos animais, também é dedicado àqueles vistos como alimento. Segue o link do vídeo A Carne é Fraca, onde não fala apenas sobre o que já sabemos: crueldade nos matadouros e granjas, mas também do prejuízo que é, para a saúde, o meio ambiente e para as pessoas, a indústria da carne no Brasil e no mundo. Esse vídeo foi feito pelo Instituto Nina Rosa (www.institutonirarosa.org.br) e conta com a participação de várias pessoas, inclusive médicos e jornalistas, é um vídeo totalmente brasileiro, com as nossas realidades.




Não se assustem: continuearemos com dicas sobre saúde, comportamento, adestramento e matérias sobre raças, mas também dedicaremos um espaço à defesa animal, pois eles merecem!

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Adestrando com Sucesso


Um bom adestramento tem um papel importanto em assegurar um relacionamento saudável e feliz entre você e seu filhote. Através dele, o filhote aprende a entender o que você espera dele e a estar melhor "equipado" para se adequar ao ambiente onde vive. O adestramento também ajuda você a entender o comportamento do seu filhote e em como se comunicar melhor com ele - o que resulta em um relacionamento mais recompensador.


Cada filhote é diferente. Você verá que o filhote vai começar a entender ao quê ele responde e as sessões de adestramento devem ser feitas de acordo com o aprendizado. Abaixo, algumas dicas que deixam o adestramento mais fácil e efetivo.


Comece cedo

Você deve começar a adestrar ao filhote alguns comandos básicos o mais cedo possível. Para o treinamento ter benefícios, ele deve primeiro ser capaz de responder ao seu nome.


Uma vez que o filhote tenha completado a vacinação, você pode levá-lo para pequenos passeios. Mantenha-o sob controle quando estiver em um lugar público e, para isso, uma coleira e guia são essenciais. Apresente-o à coleira e guia e deixe que ele se acostume a usá-las antes de levá-lo para o primeiro passeio.


Assim que ele se acostumar, você pode dar início ao adestramento básico. Todos os membros da família devem estar envolvidos no programa de adestramento. Use palavras curtas para os comandos, com vogais que sejam claramente diferentes.


Consistência

Seu comportamento tem um impacto direto no comportamento do filhote. Se as suas regras mudam constantemente o filhote pode ficar confuso e se comportar de maneira imprópria. Certifique-se também que todos na casa dão ao cão a mesma mensagem que você. Por exemplo, o filhote ficará confuso se for permitido sentar no sofá enquanto você assiste TV mas for repreendido por pular no sofá para sentar ao lado da visita. Todos na casa devem seguir as regras que foram estabelecidas para o filhote.


Matricule-o em uma aula de obediência

Considere matricular o filhote em uma aula de obediência. Feita por profissionais experientes, estas aulas lhe ensinarão a como adestrar o filhote da melhor maneira. Estas aulas podem ser feitas em grupos ou individuais. Um benefício das aulas em grupo é que expõe o filhote a outros filhotes, o que ajuda na boa socialização. Lembre-se, as lições aprendidas nas aulas devem ser reforçadas em casa.


Como achar uma boa escola de obediência:

Pergunte. Seu veterinário, o criador de onde você comprou o filhote ou o abrigo de animais podem lhe indicar uma boa escola.


Observe ao menos dois ou três instrutores ou aulas antes de se decidir. Converse com o potencial instrutor de obediência antes de tomar a decisão para se assegurar que você concorda com a filosofia de adestramento usada.


Torne o adestramento alegre e recompensador

Se o adestramento for divertido o filhote responderá melhor. Recompense-o com carinhos e elogios, e um petisco se você desejar, para que ele saiba que respondeu aos comandos corretamente. Não o puna por não ter obedecido a um comando - simplesmente ignore-o. Se for punido, ele associará o comando com punição e dificilmente responderá a ele.


Ambos, você e o filhote, precisam estar dispostos para treinar. Se você estiver cansado ou não se sentir bem, é melhor remarcar a aula. Mantenha as lições curtas - cinco a dez minutos são suficientes - mas tente fazê-las todos os dias. Sempre termine a sessão de forma positiva, pedindo que o filhote faça um comando que você tenha certeza que ele saiba e obedecerá no ato.

A Linguagem Corporal Importa


Fácil pensar que o cão entende tudo o que dizemos. Afinal de contas, parece que ele "nos entende". Mas a verdade é que os cães não tem o centro da fala no cérebro. Eles interpretam os gestos, ou seja, a linguagem corporal, para entender outros cães e também seus donos.

O que a minha linguagem corporal quer dizer? Como posso me comunicar de maneira mais eficiente com meu cão?

Evite Mensagens Erradas
Os cães se confundem facilmente quando nossas palavras e tom de voz não combinam. Por exemplo, se você briga com o cachorro em um tom alegre, ele interpretará sua bronca como um elogio. Você precisa usar diferentes expressões e tons de voz para situações diferentes e mantê-los de forma consistente. Evite também dar comandos em um tom de voz interrogativo. Isto comunica ao cão que você está inseguro e não sabe exatamente o que quer que ele faça. Ele não sabe como interpretar seu comando e não fará nada.

O Poder da Postura
A resposta do cão à sua postura depende do relacionamento entre vocês. Por exemplo, se você se mostra superior ao cão dominante, colocando a mão sobre ele, se encostando nele, ele pode ver isso como desafio. Um cão submisso pode urinar. Por outro lado, deitar no chão ao lado do seu cão e deixar que ele sente no sofá ou no seu colo, é um sinal de igualdade social. Sua posição relativa ao cão medroso ou ansioso é tão poderosa que mesmo a menor mudança pode causar um grande efeito. Exemplo, você senta perto do cão, ele se sentirá menos ameaçado e se aproximará de você. Se você ficar parado em pé, ele vai se afastar. Se você se ajoelha, o cão também se aproxima.

O Rosto Importa
O cão também interpreta nossa expressão facial. O sorriso, por exemplo, é universalmente interpretado como um sinal positivo. Do mesmo jeito, uma cara feia diz que algo ruim está para acontecer. O contato visual também tem um grande papel na comunicação não-verbal. Olhar para um cão, de propósito ou não, é um sinal de confronto. Seu cão irá naturalmente desviar o olhar, a menos que tenha sido treinado para manter contato visual.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Abra a boca....

Quando foi a última vez que você olhou dentro da boca do seu cão? Não só uma olhadinha rápida, mas uma inspeção do palato (céu da boca), gengiva e as partes rosadas (mucosas) da boca.

Se você diz: "Eu nunca pensei em fazer isso", atenção: 1 a cada 20 cães com tumores orais apresentam, no início, lesões na boca. Estas lesões geralmente passam despercebidas porque raramente procuramos por sinais de doença, como descoloração ou qualquer feridinha. A demora na detecção torna os tumores orais difíceis de tratar, então, o melhor a fazer é checar a boca do cão quando for escovar os dentes dele (que, aliás, é uma necessidade!).