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sábado, 30 de outubro de 2010

Apresentando a coleira ao seu cão

Já falei sobre a importância das caminhadas aqui, então, hoje vou falar sobre como apresentar a coleira ao cão, para que ele se sinta à vontade com coleira e guia. Depois falarei um pouco sobre andar com a guia frouxa e um pouco sobre a coleira Easy Walk.

Quer você tenha adotado um filhote ou cão adulto, você precisa apresentá-lo à coleira e guia. Para alguns cães é muito simples: você coloca a guia e eles já querem sair para passear. Outros podem ter muito medo. Siga as dicas abaixo para apresentar coleira e guia sem traumatizar seu cão:

Comece em uma área segura
Ao invés de colocar coleira e guia e já sair na rua com o cão, dê-lhe tempo para se acostumar. Comece dentro de casa ou no quintal. Coloque coleira e guia e deixe-o livre, permitindo que ele arraste a guia.

Não deixe-o roer a guia
Muitos cães encaram a guia como mais um brinquedo. Não deixe que o cão crie o hábito de roê-la. Dê-lhe alguns brinquedos favoritos para distrai-lo. Jogue bolinha com ele. Assim ele se acostumará com a sensação da guia, sem encará-la como brinquedo. Se isso não funcionar, coloque algum produto repelente, de gosto amargo, na guia. Mas converse com seu veterinário sobre qual o melhor produto para isso!

Pegue a guia
Quando seu cão estiver confortável com a guia, pegue-a. Continue dentro de casa ou no quintal e só segure-a. Chame o cão, dê-lhe alguns petiscos enquanto segura a guia. Aqui não vamos ensiná-lo a andar na guia, mas sim acostumá-lo com você segurando a outra ponta da mesma. Se o cão puxar ou se debater, deixe-o e tente novamente depois de alguns minutos.

Não use a guia para correções
É importante lembrar que estes exercícios são para que seu cão fique confortável com a guia. Nunca dê trancos para corrigi-lo. Se o cão puxa a guia, solte-a ou use brinquedos e/ou petiscos para redirecionar a atenção dele.

Pratique sempre
Como andar na guia é uma habilidade essencial para um cão, é importante que seu cão se sinta confortável o mais rápido possível. Pratique sempre que possível, por 5 a 10 minutos cada vez.

Andar com a guia frouxa
Assim que o cão estiver confortável com você segurando a outra ponta da guia, pode ensiná-lo a andar com a guia frouxa. É importante que você comece o mais rápido possível, assim que o nível de conforto do cão permitir, assim ele não cria o hábito de puxar.

Fonte:  Dogs on About

 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Treinando Dois Cães: É Possível? Parte V

A última parte da série de treinar dois cães. A partir da semana que vem começarei uma nova série que ainda é surpresa.
Distrações
Quando colocamos distrações, colocamos uma nova dimensão no processo de adestramento, principalmente quando trabalhamos com mais de um cão, porque eles se baseiam muito no comportamento um do outro, causando reações maiores.

Dessensibilizar um grupo de cães na presença de distrações é feito do mesmo jeito quando se trabalha com um cão individualmente. Comece com a distração a uma distância que a mesma não cause reação aos cães. Gradualmente trabalhe mais e mais perto da distração, até que seus cães não dêem atenção a ela, mas sim a você.

Antes de trabalhar com os dois em lugares públicos, saiba quais são as fraquezas deles no quesito distrações. Se você sabe que irá encontrá-las enquanto trabalha com eles, certifique-se que eles tenham aprendido auto-controle. Se um cão reagir, com certeza o outro também reagirá.

Estar ciente do que os provoca e da maneira como seus cães se comportam antes da reação lhe ajudará a se safar de um problema. Se você vir um de seus cães começar a reagir, rapidamente redirecione-o, nem que seja dando meia-volta. Claro que seria bom, depois, voltar a trabalhar com os cães individualmente na presença desta distração em particular por um tempo antes de voltar a trabalhar em dupla.

Nem sempre podemos evitar as distrações. Se seus cães ainda reagem, o ideal é que eles usem algo apropriado para adestramento, como uma Gentle Leader ou uma Easy Walk.

Lembre-se: cuidado para não corrigir os dois cães quando apenas um estiver reagindo à distração. Se apenas um cão precisar da GL ou da EW, faça pressão apenas neste cão em particular, não nos dois. Por isso que devemos trabalhar com guias individuais antes de trabalhar com guias duplas ou sem guia.

Usar o clicker enquanto se trabalha com dois cães usando guias diferentes pode ser muito difícil para a grande maioria das pessoas. Se for o seu caso, faça uso de elogios verbais, sem problemas. Quando você conseguir trabalhar com eles sem guia, você terá uma mão livre para usar o clicker.

Mais de dois...
Se você tem mais de dois cães, melhor começar a trabalhar com apenas dois por vez. Quando todos estiverem confiáveis trabalhando sem guia e com distrações, pode-se trabalhar com todos simultaneamente. Eles podem ter dificuldades em andar junto ao lado um do outro, mas o "fica" e o "vem" não serão problemas.

Assim como trabalhando com apenas dois cães, o clique só acontece quando todos eles executarem a tarefa. Alguns podem precisar de mais tempo, enquanto outros aprendem bem rápido. Ensine as habilidades individualmente, como mencionado nos capítulos anteriores, antes de juntá-los em um grupo.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A Inteligência dos Cães - Parte 5

Depois de algumas semanas sem publicar nada no blog por motivos pessoais, estou de volta. Espero conseguir publicar esta série e começar outras também, que os ajudem a conviver melhor com seus amigos de quatro patas.

Inteligência Instintiva (parte IV)
Cães de Carga
Para muitas pessoas, os cães que vêm à cabeça são os Huskies Siberianos, conhecidos como cães de trenó. Cães que puxam trenós são reconhecidos pela maioria das pessoas: possuem focinho afilado, orelhas pontudas, pelagem espessa e resistente e a cauda com pelos abundantes e enrolada sobre o dorso: cães do tipo spitz. Entre os cães mais usados nesta função estão o Malamute do Alaska, Samoieda, Husky Siberiano, Elkhound e Keeshound. 


Malamutes do Alaska puxando trenó
 
A organização dos cães é semelhante à das alcateias: há um líder cujos movimentos coordenam as atividades dos outros cães atrelados ao trenó. Os cães da equipe tendem a prestar atenção quase que exclusiva ao líder, praticamente ignorando o condutor humanos. Por isso sabe-se de muitos relatos de trenós que foram embora depois que os condutores caíram ou não conseguiram subir a tempo.

Outros cães também eram usados como cães de carga: São Bernardo, Terra Nova, Boiadeiro Bernês. Estes cães ajudavam no transporte de leites, verduras, carnes, tecidos, pães etc, devido à grande força física e resistência ao puxar as carroças. Exemplo: em Berna, um só Boiadeiros Bernês era capaz de puxar uma carroça com mais de 50kg de produtos, além do peso da própria carroça. 

Só de brincadeira: Boiadeiros levando um companheiro na carroça

Hoje em dia os cães não podem mais ser usados como animais de carga, por ser considerada uma atividade que gera maus tratos aos animais (apesar de muitos afirmarem que os animais são bem cuidados, os casos de crueldade são inúmeros e, por isso, a atividade foi banida).

Outros Cães Especialistas
Os usos de cães que capitalizam aspectos de sua inteligência insintiva são mais diversificados no mundo de hoje. Alguns exemplos incluem:

- cães guia: guiam seus donos deficientes visuais, perminto-lhes deslocar-se de forma independente, mesmo no complicado ambiente urbano;

- cães para deficientes auditivos: alertam seus donos para sons como o da campainha, telefone ou assobio da chaleira.

- cães de busca e resgate: usados para rastrear e achar pessoas perdidas ou sepultadas pelos escombros de terremotos ou sob a neve nas avalanches.

- cães de resgate na água: recuperam pessoas e objetos das águas, nadam levando cordas para velejadores encalhados e até puxam pequenos botes para os salva-vidas, que aguardam.

- cães para busca de drogas e explosivos: usam suas capacidades olfativas para achar materiais proibidos. Uma variação destes são os cães que acham trufas. São melhores que os porcos usados tradicionalmente, por duas razões: os cães tem faro mais apurado e não comem as trufas.

Cães de Companhia
Os cães preenchem outra importante função na vida humana: companhia. Este trabalho parece não exigir uma inteligência instintiva especial, mas depende da personalidade do cão. 

Como companheiros, os cães preenchem certas necessidades nas brincadeiras infantis. Como fornecem interações afetivas e sociais necessárias a pessoas de todas as idades, são ótimos terapeutas. Crianças com dificuldades de comunicação, adultos deprimidos e idosos isolados são ajudados pela presença dos cães de companhia. Existe evidência de redução de tensão ao contato com os cães. Quando afagamos um cão, nossa frequência cardíaca diminui, regulariza-se a respiração e há alívio da tensão muscular: sinais de estresse que começam a desaparecer. Pessoas que vivem em companhia de cães têm menos problemas de saúde e visitam menos o médico. A presença de um cão em sua casa pode prolongar a sua vida!