Assim
como nós, os cães também passam por momentos de estresse. O
estresse pode nos deixar medrosos, irritados ou agitados: o mesmo se
dá com nossos melhores amigos.
Nesta
série de 3 artigos eu e uma amiga, também adestradora, Claudinha Bolsonaro,
iremos falar sobre este tema tão comum mas, ao mesmo tempo, tão
desconhecido da maioria dos donos: o que é o estresse, a diferença
entre o “bom” e o “mau”, quais suas causas e sinais e quais as
mudanças na saúde e no comportamento de nossos peludos que ele pode
acarretar.
Neste
primeiro artigo iremos tratar sobre o que é o estresse e falar um
pouco sobre o “bom” e o “mau”.
O
que é estresse?
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O
que é estresse? Estresse é quando nos sentimos pressionados sob
forte influência de algo, seja ele o ambiente, trauma,
relacionamento, problemas financeiros, trabalho. Quando nos sentimos
estressados, a adrenalina e o cortisol despertam o corpo para o
estado de emergência (também conhecido como “estado de alerta”).
Quando isto ocorre, nossas defesas do organismo disparam em alta
velocidade, no chamado “lutar ou fugir”, ou melhor explicando,
nos ficamos em estado de alerta e concentrados para uma possível
reação ao estímulo causador do estresse.
Os cães também sofrem
de estresse, mas nem sempre seus donos percebem os sinais, o que pode
levar a problemas de saúde e/ou comportamentais. Por isso, eu e a
Fúlvia decidimos abordar esse tema, para que consigamos ajudar e
conscientizar mais donos sobre a importância de saber sobre um problema tão
comum e quais as consequências que pode causar no cão, mas que depende
de nós para que nossos amigos de quatro patas sejam mais felizes e
menos estressados.
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“Bom”
e “mau” estresse
Um
certo nível de estresse é normal e até mesmo necessário para a
sobrevivência, além de aumentar a massa cinzenta no cérebro. Este
estresse é chamado de estímulo, “bom estresse”, e permite que
o organismo do cão utilize energia de uma forma boa e
ajuda no desenvolvimento de novas capacidades. Este nível de
estresse é essencial para o crescimento normal de nossos cães. Uma
sessão de educação canina é encarada como “bom estresse”.
Já
quando o estresse é negativo ou se torna excessivo, é chamado de
“aflição”, ou distresse. Neste
ponto ele pode danificar o organismo, levando a doenças e problemas
de comportamento, como ansiedade e agressividade. Isto pode se tornar
um ciclo vicioso, quando o estresse contribui para mais estresse e o
organismo entra em colapso. Um exemplo do "mau" estresse é uma mudança de rotina na vida do cão: alguns cães lidam melhor com elas, outros, com a menor das mudanças, já sofrem.
A
suscetibilidade ao distresse
varia de cão para cão. Como cada um dele responde a isso é uma
combinação de genética e eventos que ocorrem no meio onde vive.
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