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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Brincadeiras entre cães: quando devemos interferir?


Ver cães brincando entre si é muito gostoso. Mas, será que sabemos que está tudo bem na brincadeira entre eles? Quando devemos intervir?

Normalmente um conselho que nos dão é "deixe que eles vão se entender, eles resolvem suas brigas sozinhos", mas é o pior conselho que se pode dar. Primeiro porque o cão que está atormentando o outro é recompensado (comportamento auto-recompensador, por ser divertido pra ele) e, segundo, porque aquele que está sendo importunado vai pensar que todas as interações entre cães serão assim e ele tenderá a demonstrar agressividade para se defender.

Então, como saber se devemos deixar os cães brincando ou se devemos separá-los?

O que é aceitável
Aqui não precisamos intervir em nada: os cães estão se divertindo, os corpos relaxados. Se estiverem brincando de pega-pega, é bom que alternem entre os cães, numa proporção 50-50 ou 60-40. Se não há essa troca entre eles, um ficará sempre tentando se esconder e é nessa hora que a brincadeira precisa ser interrompida. O dono do cão "perseguidor" o chama e tira-o da brincadeira. Por isso que ensinar o VEM é muito importante: se seu cão ainda não souber, é bom deixá-lo interagir com uma guia longa.

Vocalizar é normal: alguns cães gostam de brincar rosnando e latindo. Repare no corpo deles: se estiverem relaxados, não tensos e tentando fugir, a brincadeira está boa e pode continuar.

O que é questionável
Se as coisas estiverem ficando estranhas, é melhor separar a brincadeira. Como saber disso? Leia abaixo:

  • se um dos cães está sempre sendo perseguido e há mais de um cão envolvido, pare a brincadeira. 
  • cabo de guerra: é uma boa brincadeira, mas fique de olho para ver se não estão disputando o brinquedo de forma mais agressiva, ao invés de apenas brincando. 
  • perseguir outro cão é questionável também, por ser o primeiro estágio de passar a caçar aquele cão. 
O que é inaceitável
Nestes casos, deve-se realmente parar a brincadeira, porque um deles não estará se divertindo. Sinais comuns são:
Colocando outro cão de barriga para cima:
totalmente inaceitável
  • morder o pescoço ou outras partes do cão
  • ficar latindo na cara do outro cão. É perigoso, porque o outro cão pode se irritar e morder, como se dissesse "cai fora!"
  • muita excitação ao brincar
  • montar. Não é algo sexual, mas pode indicar uma ansiedade no cão que monta, um jeito de chamar a atenção para brincar, mas é inapropriado. 
  • avançar, sem chegar a morder o outro cão. Cães que agem assim querem distância, e não brincadeira. 
  • colocar a cabeça no ombro do outro cão. Isso é rudo e invasivo na linguagem canina. 
  • bater com o corpo em outros cães
  • colocar o outro cão no chão de barriga pra cima
  • formar uma gangue de cães para perseguir um único cão. Pode acontecer em grupos de brincadeira já formados e com a entrada de um novato. Extremamente intimidador e deve ser parado na hora!
  • brincar sem supervisão. Se você pensa em deixar seu cão brincando enquanto senta num banco para ler ou mexer no celular, esqueça. Não prestamos atenção em uma mudança de comportamento que pode prejudicar os outros cães que querem apenas se divertir, no caso do nosso cão ser o que apronta. Se o nosso for o intimidade, perdemos a oportunidade de ajudá-lo quando ele mais precisa de nós. 

Lembre-se que nem todos os cães gostam de brincar com outros. Alguns são mais sérios e preferem apenas um longo passeio e encontros ocasionais. Outros são mais ativos e brincalhões. Devemos respeitar a individualidade de cada um deles e proporcionar experiências sempre gratificantes para ele. 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Dia mundial dos galgos



Hoje não sou eu quem escreveu o texto, mas sim uma amiga. Ele é de autoria de Luciana Held Montenegro.

Ela fala sobre o dia mundial dos galgos e o que devemos fazer neste dia. Espero que gostem do artigo. E, para não chocar ninguém, deixo aqui as fotos dos meus magrelos, bem cuidados desde pequenos e que seguem sendo amados e tratados como membros da família.




DIA MUNDIAL DO GALGO
Fevereiro marca o fim da temporada de caça e consequente abandono de GALGOS na Espanha.
A caça com a exploração de cães da raça galgo é uma triste tradição implantada na Espanha e lamentada por ativistas dos direitos animais de todo o mundo. Todo ano, cerca de 50.000 galgos são abandonados ou cruelmente assassinados no país. Para os caçadores, os galgos têm vida útil máxima de 3 a 4 anos, a partir desse momento o animal não é mais considerado apto para auxiliar na caça. Nesse momento, termina sua vida.
O galgo é cão magro, com patas largas e peito volumoso, o que o permite alcançar grande velocidade, podendo chegar a cerca de 60km/h. Também tem uma visão muito nítida e aguçada e pode ver claramente objetos a uma distância de 800 metros. Na Espanha, a caça é considerada um “esporte” e é movida por muito dinheiro.
Galgos também são explorados em corridas e outras atividades consideradas de “elite”. Os animais só são cuidados enquanto servirem aos interesses de seus guardiões. Quando são considerados inúteis, são mortos ou abandonados a própria sorte.
Atualmente, na Espanha, os galgos são considerados a raça canina que mais sofre maus-tratos no país. Os motivos principais de abandono ou extermínio dos galgos espanhóis são: não terem sido bons caçadores durante a temporada, estarem velhos (entre dois e três anos de vida), fraturas ósseas, sintomas de cansaço ou doenças como a “erlichia” ou mesmo por não poder (ou querer) mantê-los após o fim da temporada.
Os galgos considerados mais sortudos, são os abandonados a própria sorte. Calcula-se que 60% dos cães abandonados na Espanha são galgos. Muitos deles são mortos em canis municipais ou sofrem com a fome, maus-tratos e indiferença da população.
Além do abandono, os galgos podem sofrer mortes terríveis com requintes de tortura como o método do pianista, onde as patas traseiras do animal tocam o chão e o cão sofre uma morte lenta e agonizante ou são enforcados em árvores nos chamados Bosques da Morte. A vida nas reservas de caça não menos terríveis, os animais são mantidos em jaulas minúsculas em condições insalubres e sofrem com a fome e maus-tratos.
Um método de treinamento muito comum é amarrar os cães a carros ou motos e arrastá-los por vários quilômetros, o que provoca sérias lesões e traumas. Os animais que não resistem ao treinamento são abandonados e não recebem nenhum tipo de tratamento veterinário durante toda sua vida.
As fêmeas sofrem a mesma sorte que os machos, acrescentando que algumas fêmeas escolhidas se reproduzem duas vezes ao ano. Para o fim de procriar, são isoladas em jaulas nas quais não existe espaço suficiente para poderem levantar, e muitos menos parir seus filhotes. Os filhotes são selecionados pelos Galgueiros e os que não são eleitos, são eliminados de formas violentas, apesar da pouca idade.
Atualmente na Espanha existem 190.000 Galgueiros registrados, que tutelam 500.000 galgos registrados para a caça, acima de tudo nas regiões de Andalucia, Extremadura e as duas Castillas. Se estima que existem mais de 900.000 galgos nas mãos dos caçadores de forma “ilegal”. A dramática situação de maus-tratos que vivem os galgos espanhóis é tão grave que foi denunciada em outubro de 2011 fora das fronteiras espanholas, pela Eurocâmara, que enviou uma carta ao presidente espanhol, na qual pedia que pusesse fim a essa barbaridade.
Parte da carta diz: ” Os galgos são severamente golpeados, queimados vivos, queimados por ácido, atirados em poços, presos em cavernas ou abandonados até morrerem por caçadores quando já não servem“. Estas mesmas palavras foram assinadas pelo presidente do Intergrupo de Bem estar animal da Eurocâmara Carl Schlyter e os eurodeputados Kartika Támara Liotard e Raul Romeva. A mesma entidade reconhece, através do artigo 13 do Tratado de Lisboa, que os animais são seres sencientes e que consequentemente devem ser respeitados pelos estados membros. Também a organização Anistia Internacional denunciou o abuso de exploração dos animais em atividades de caça. No mês de fevereiro acabou a temporada de caça e consequentemente mais episódios de tortura contra galgos serão registrados.
Os galgos que conseguem ser resgatados das ruas, de canis municipais onde terão como destino a morte ou entregues voluntariamente pelos próprios galgueiros conseguem abrigo em ONGs e com protetores, onde conseguem uma vida digna e plena.
Na Espanha existem diversas ONGs dedicadas exclusivamente ao resgate e reabilitação de galgos, como a SOS galgos, 112 galgos, Galgos de casa, Galgoleku, Baas galgo e muitas outras que lutam diariamente contra esta tragédia anual.
COMO PROMOVER O DIA MUNDIAL DO GALGO
UNINDO AS NOSSAS VOZES E TORNANDO A VOZ DO GALGO DAS SEGUINTES MANEIRAS:
COMPARTILHAR
Compartilhar e difundir na web para chamar a atenção para a situação dos galgos.
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