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sábado, 26 de janeiro de 2019

Acalmando um cão hiperativo: Parte I

Depois de conviver com Whippets adultos por muito tempo, estamos agora com uma Setter Irlandesa no auge da infância, com cinco mesmo, e claro, muito cheia de energia.
Conheçam Merida, a nova integrante do clã
Quem nos acompanha no Instagram (@fulviaandrade) e no Facebook (Fúlvia Andrade) pode perceber do que estou falando: há vídeos da Merida brincando sozinha, correndo, sempre com aquele olhar muito atento e quase nunca parada. Não há tantos vídeos dela assim porque é difícil de filmar, mas acreditem: ela tem muita energia. Mesmo.
Aprender como lidar com um cão desses e, melhor ainda, como acalmá-lo, é uma arte. E não é fácil: não basta apenas cansar o cão fisicamente e deixá-lo exausto. Com isso estamos apenas criando um super atleta, que será capaz de caminhar por 8h seguidas sem se cansar! Trancar o cão no quintal e esperar que ele cresça e se acalme sozinho também não é a melhor estratégia: só vai piorar. Se você também tem um cão cheio de energia deve estar se perguntando: o que fazer?
Nesta série vou falar um pouco do que tenho feito e do que é recomandado. E de como é importante que TODA A FAMÍLIA ajude no treino. Bastou que alguém estimule o comportamento maluco do seu cão, seja ele adulto ou filhote, e você terá que começar do zero… o que é bem frustrante.
CHEIO DE ENERGIA OU MUITO EXCITADO: qual a diferença e, isso importa?
Antes de aprender o que fazer, que tal entender um pouco sobre o que é um cão cheio de energia e um cão muito excitado? Nem todo cão com energia ilimitada são pentelhos. E nem todo cão pentelho é um super atleta.
Cães muito excitados
São aqueles cães que se excitam com estímulos que, para outros cães, não são nada de mais. Não é um estado permanente do cão, mas sim algo que eles fazem em um determinado momento. São cães que tem aquele olhar “selvagem”, elétrico – parecem bem fora de controle. Cães neste nível não conseguem pensar quando estão excitados.
Adivinhem? Merida se enquadra neste caso. Por quê? As características abaixo mostram como é um cão excitado, e ela tem algumas (três, para ser exata):
* correm a toda velocidade;
* latem incessantemente;
* mordem as mãos e roupas das pessoas, às vezes com força;
* pulam nas pessoas;
* quando pulam nas pessoas, as arranham;
* derrubam crianças e outros cães;
* batem as patas nas pessoas;
* brincam de cabo de guerra com as guias.
Cães assim, quando não têm suas necessidades básicas supridas, tendem a ficar ainda piores, se tornando cães muito difíceis de se conviver.
Mas isso não quer dizer que sejam sempre cães com muita energia – eles podem ficar doidões e, depois de alguns minutos, deitarem exaustos. Mas… cães com alta energia estão no “grupo de risco” para se tornarem muito excitados. Muitas vezes, excitação e alta energia andam de mãos dadas.
O que leva um cão a se tornar muito excitado?
* não são exercitados de acordo com sua raça, idade e personalidade;
* não foram educados (senta, fica, vem, deita, alguns truques etc);
* são privados de interação social;
* são expostos a situações muito estimulantes para eles.
Cães cheios de energia
O nome já diz tudo: eles têm energia pra dar e vender. Eles podem ser bem educados, mas são cães atletas. Um bom exemplo de cão cheio de energia e bem conhecido das pessoas é o border collie. Eles foram feitos para o pastoreio, então aguentam caminhar por HORAS. Não à toa que se destacam em esportes como agility, freestyle, flyball e obediência.
Olha só… a Merida também se enquadra nesta categoria! E quais são as características destes cães?
* geralmente estão em ótima forma física
* em sua maioria são cães de “trabalho”, que foram desenvolvidos para trabalhar no campo durante horas (retrievers, pastores, cães de caça…)
* são cães capazes de correr, brincar de frisbee, de bolinha, daí vão nadar, voltam para casa e ainda brincam de cabo de guerra antes do almoço.
Pense assim: a excitação é um estado temporário do indivíduo, enquanto o nível de energia é inerente à certas raças.
Merida se enquadra em tudo isso: ela está em ótima forma física; é de uma raça desenvolvida para trabalhar no campo, farejando, apontando e algumas vezes buscando as presas; e mesmo após um passeio de 1h com direito a farejar, dar umas corridinhas, pular troncos, ainda chega em casa e brinca de bolinha, de cabo de guerra, treina, brinca com as irmãs humanas e só depois tira um cochilo.
Agora que já sabemos a diferença entre excitação e nível de energia, no próximo post vou falar sobre como acalmar um cão que seja muito excitado, os chamados cães “hiperativos”.

Em ambos os casos há necessidade de educar estes cães, de surprir suas necessidades físicas e mentais. Se não lhes dermos a quantidade certa de exercícios e estímulos mentais, nenhum protocolo utilizado para acalmar um cão deste tipo surtirá efeito. E sem educação / treino, todo o exercício e enriquecimento só ajudará a criar um super atleta maluco em casa.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Relacionamento cães e crianças

Laura pedindo para a Merida sentar
antes de lhe dar um petisco.
Hoje quero falar sobre o relacionamento entre cães e crianças.

Aqui em casa sempre houve respeito nesta relação, tanto do cão com a criança quanto da criança com o cão.

Suzie foi bem socializada com crianças, porque estava no nosso plano ter filhos. Então, ela sempre foi muito amiga das meninas.

Pistache também foi criado com crianças, e chegou pra gente já amando as meninas.

Merida já chegou aqui tendo contato com crianças também e, aqui, com duas crianças, ela logo se ligou a elas, principalmente à mais nova.

Mas... e as meninas? Como ensinar uma criança, que aperta, agarra, puxa, principalmente no começo, a não machucar os cães.

Primeiro de tudo: JAMAIS deixá-las juntas sozinhas com os cães. Um pode machucar o outro, mesmo que não haja intenção. Depois, quando elas percebiam que havia algo além delas no mundo, e  mostravam interesse nos cães (no caso, na Suzie), pegava a mãozinha delas e mostrava como era o "carinho". Ia passando a mãozinha delas bem suavemente pelo corpinho da Suzie, nos lugares onde ela gostava de ser acariciada. E claro, recompensava a peluda por sua paciência em servir de modelo. Conforme elas iam crescendo e entendendo mais como interagir com cães, foi mais fácil de explicar. Claro, o nosso EXEMPLO também ajuda muito. Se tratarmos nossos cães com respeito, carinho, atenção, é assim que as crianças os tratarão também.

E para os cães aceitarem os pequenos? Sempre associações positivas. Tudo que for bacana pro cão acontece na presença da criança. Passeios, brincadeiras, petiscos, carinhos, interações de forma geral, sempre prazerosas. Se precisar acontecer alguma mudança com a chegada de um bebê, por exemplo, que ela seja feita ANTES do nascimento dele e de forma gradual, no tempo do cão, para que não seja algo traumático na vida dele. Se precisar de ajuda, procure um profissional que não faça uso de punições para lhe ajudar.

Tomando estes e outros cuidados, a relação entre cães e crianças tem tudo para dar certo!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Princípios para manter o cão saudável - Parte V

Depois do meu enorme sumiço (2018 não foi um ano fácil pra gente aqui), vamos voltar à série sobre os princípios para se manter um cão saudável?

Lembrando apenas que estes textos são adaptados por mim, o verdadeiro autor (e o texto na íntegra), estão neste link.

Vamos lá então, porque aprender sobre nossos cães nunca é demais!

Uma coisa que faz a maior diferença na saúde dos cães

Aqui ele vai falar um pouco de química e o papel importante dela para os nossos cães. Os cães são “feitos” de compostos: átomos, elétrons, prótons e outras partículas, que se organizam de forma específica para formar uma orelha, por exemplo.
Se a estrutura química do colágeno e da cartilagem da orelha do cão fosse alterada pela adição de alguns elementos, seu cão poderia ser capaz até de voar – brincadeira! Mas uma modificação de um elemento pode fazer uma grande diferença sim.
A vida não é diferente do Lego: plantas e animais são feitos de componentes oferecidos pelo universo. Mas, se uma peça de Lego some, quando você montar a casa de Lego ela ficará fraca e, se várias peças se perdem, a estrutura se colapsa.
Se um elemento ou mineral está com pouca quantidade ou se falta em uma flor, em um esquilo ou em um cão, eles ficarão fracos. Se muitos deles escassearem ou faltarem, eles morrerão rapidinho.


Como a natureza resolve isso?
Ela recicla os nutrientes pela decomposição, que torna o solo rico em minerais.


O problema do mundo moderno
Com a exportação de alimentos, os nutrientes do solo são removidos do local de origem. Uma fruta vinda da Espanha, mesmo que coloquemos sua casca pra decompor aqui, não fará parte do solo da Espanha.
Gradualmente o solo fica esgotado de nutrientes, e esta falta de nutrientes passa para os animais de fazenda, pessoas e nossos cães. Isso afeta o corpo dos cães e sabemos que obtemos os minerais através dos alimentos.
Os minerais são vitais para as reações químicas do corpo. Se estiverem faltando, ou com pouca quantidade, a saúde do cão se deteriorará.
Ele diz que, com a agricultura moderna, se torna mais difícil obter os minerais através dos alimentos, devido ao solo pobre. Ele fala sobre suplementos naturais, que são melhores que os sintéticos, já que o corpo os reconhece e sabe como usá-los.

Ao colocarmos minerais e outros nutrientes na comida de nossos cães, fazemos uma grande diferença na saúde deles.