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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Natural Dog Care: Capítulo 5 - Parte I

Continuando a colocar o resumo do livro. O capítulo 5 é o último, mas também o mais longo. Será dividido em cinco partes e, como sempre, meus comentários, se houver, estão em itálico.

Problemas de Saúde
Há espaço tanto para cuidados convencionais quanto complementares, quando se trata de cuidar de nosso cão. A medicina convencional é melhor quando condições agudas precisam de tratamento. Drogas poderosas e técnicas cirúrgicas modernar são o método de escolha para tratar problemas de dor aguda ou onde o cão corre risco de vida. Os procedimentos complementares têm um papel de manter e ser útil em casos de doenças crônicas ou de longa duração, nas quais o tratamento convencional parece não funcionar. Ao optar por qualquer tratamento, sempre considere o estresse que pode se instalar no seu cão: o que parece ser apropriado para você, pode não o seu para ele.

Combatendo Problemas de Saúde

O modo mais eficaz de combater uma doenças é entender como ela age e ultrapassa as defesas naturais. Na medicina veterinária geralmente se combatem as doenças sem um entendimento claro de quem é o inimigo, ou mesmo quais são suas táticas. Aí é que diferem os tratamentos das medicinas veterinárias convencional e complementar.
Como o cão não fala, o dono tem que falar por ele. Por exemplo: você vê que o cão está com dificuldades em subir escadas. Você fala isso pro vet e ele examina o cão. Ele checa a temperatura: se estiver alta, indica infecção; ausculta coração e pulmão: se tiver sons diferentes do normal, indica problema cardiovascular; manipula os membros do cão: se ele mostrar dor, indica osteoartrite e dor. O vet também faz exames de sangue, raios-x e ultrassom. Tudo isso para procurar o problema do cão. Quando o problema é identificado, há um tratamento específico para ele.
Isso, claro, tem um custo. Muitos acham que o veterinário só quer tirar o nosso dinheiro, mas, como ele irá descobrir o que está afligindo nosso amigo peludo se não por meio destes exames (que, por sinal, devem ser feitos ANUALMENTE)? Os cães não podem falar. Se pudessem, muitos donos ouviriam coisas que não desejariam ouvir, não é mesmo? "Puxa, só uma volta no quarteirão? Preguiçoso, me leva pra andar pelo bairro!!!". "Não é que eu esteja surdo... é que meu dono grita tanto que eu não aguento mais e saio de perto. Minha audição é perfeita, mas ele insiste em gritar...". risos.
Para os vets “alternativos” não apenas o físico importa, mas também o psicológico do animal, o comportamento dele. Ele anota tanto as mudanças físicas quanto comportamentais no diagnóstico de uma doença e na receita do remédio.
Não trate os sinais clínicos do cão como se eles fossem o problema. Use-os como um guia para chegar à origem do problema. Trabalhe com eles, ao invés de lutar contra eles. Por exemplo, a tosse é uma defesa do organismo. Em certos casos, um corpo estranho está nas vias aéreas, fazendo o cão tossir. Suprimir a tosse pode colocar a vida do cão em jogo. Em outros casos, como problemas cardíacos, o cão também tosse. Novamente, acabar com a tosse não é o melhor para o seu cão.
Um problema de saúde pode ser físico, mas pode também ser emocional ou psicológico. Por isso, os três deveriam andar juntos em uma consulta vet.

A Natureza Mutante da Doença

Com o uso de vacinas que protegem a população canina e antibióticos que matam fungos e bactérias, ou somente previnem a sua multiplicação, estamos criando bactérias resistentes, do mesmo modo que já existem no meio humano.
Pelo fato de levarmos os cães para dentro de nossa casa, mudamos as doenças que os afetam. Um exemplo disso são as pulgas: elas são muito mais abundantes no nosso meio, por acharem o conforto de nossas casas ótimo para a reprodução, do que no meio selvagem, onde antes vivia o cão.
Outra coisa que ele fala é que, como criamos diferentes raças, a base genética de cada uma delas é pequena, o que leva a desenvolver problemas genéticos relacionados à raça. Ele cita dois exemplos: o Westie que tem predisposição à problemas de pele e o Dálmata, que tem predisposição à surdez.
E mais: o lobo vive de sete a oito anos, o que seria o normal para o cão. Com os cuidados que temos com eles, eles têm vivido de 13 a 18 anos, ou mais. Isso acarretou também um aumento no número de doenças relacionadas à idade, coisa que não existia antigamente. Essas doenças são: desgaste, problemas metabólicos, câncer e doenças cardíacas etc (nota minha: será que o Dogue Alemão, que vive em média 8 anos, tem esses mesmos problemas?). Uma coisa interessante que ele fala é que, agora, os cães têm uma doença parecida com o nosso mal de Alzheimer, ou seja, eles esquecem as coisas. Deve ser por isso que, chegando a determinada idade, eles começam a fazer as necessidades em locais onde não faziam antes, como se tivessem "desaprendido". Por isso, POR FAVOR, não briguem com seu cão velhinho se isso acontecer. Ele pode estar apenas meio esquecido, e não fazendo por mal.
Olha o cheklist dele, achei bem interessante:
· A natureza da doença varia devido a muitas razões.
· A economia determina o nível da medicina preventiva.
· A economia determina em que determinado estágio da doença o cão recebe tratamento. Imaginem aqueles casos que víamos no Late Show (quero ele de volta!!!) onde os cães e gatos praticamente eram deixados morrer à mingua... se bem que tenho visto programas no Animal Planet (da RSPCA) que nossa... absurdos tb. E é um país de primeiro mundo, hein?!
· Idade, sexo, raça e temperamento individual afeta a doença.
· A geografia afeta a incidência e a resistência natural.
· Nós dominamos a natureza da doença através da nossa influência na genética e no meio ambiente.

As Defesas Naturais do Cão

Fala que hoje em dia, os vets preferem restaurar a boa saúde do cão ao invés de acabar com a doença. Uma coisa interessante é que ele fala que a maioria dos animais ficam expostos às causas da doença. E ele dá um exemplo bem legal: todos os cães podem ficar expostos às pulgas que vivem em nossa casa, mas cada um responde de um jeito. Enquanto um cão nem se incomoda com as picadas das pulgas, o outro se coça bastante, enquanto o terceiro desenvolve dermatite alérgica à picada de pulga. O sistema imune do cão é que determina como ele irá lidar com a doença. Dona Suzie tem esta temida dermatite alérgica por picada de pulgas. Precisa passar um produto específico, não pode ser aquela bisnaga. Ela fica cheia, cheia de feridas, com pus, sangue... dá um dó! Ainda bem que João, o vet, descobriu =) Agora, tratando direitinho, ela nunca mais pegou pulgas e nem teve a pele ferida por suas picadas. Biscoito pra ele!
Depois ele fala que as maiores barreiras naturais do sistema imune do cão são a pele, o intestino e o fígado, nesta ordem. A pele, juntamente com o pêlo, oferece proteção física contra os patógenos, que são os agentes causadores das doenças. Depois, vem o intestino (eu entendi que englobaria todo o aparelho gastrointestinal), com a saliva e o suco gástrico matando os patógenos. Substâncias tóxicas são desnaturadas no estômago ou nos intestinos ou então, são detoxicadas pelo fígado. Ou seja: o sistema é altamente efetivo. Mas o cérebro e o coração não têm poder nenhum, neste sentido.
Agora, tem as reações que livram o cão dos patógenos: tosse, espirro, vômito, diarréia, urinar bastante e se coçar. Outras defesas naturais que ele fala são a febre, que mata certos patógenos devido à alta temperatura corporal e a perda de apetite é outra defesa, matando bactérias que necessitam de nutrição para sobreviver. Se, por um acaso, o patógeno conseguir vencer todas essas barreiras, entram em jogo as “células brancas” (leucócitos, macrófagos etc).
Mas tb existem substâncias que os cães não conseguem se defender (ele fala de PCB, mas eu não sei o q é). Outra coisa é que, quanto mais velho o cão, menos efetivo é seu sistema imune, por isso que as doenças auto-imunes, câncer, infecções são mais freqüentes nessa fase da vida.
Checklist – boas defesas naturais incluem:
· Limpeza.
· Manter as barreiras naturais, como a pele, sempre saudáveis. Banho, escovação e carinho são fundamentais!!!
· Evitar os patógenos conhecidos.
· Se os patógenos conseguirem ultrapassar as barreiras naturais, boas defesas naturais irão atacá-los, envenenarão, matar de fome e expulsar os perigos.

Dor

A dor é um tipo de proteção: faz com que o cão pare alguma atividade perigosa. A dor faz com que o cão reduza o uso dos tecidos afetados, dando-lhes tempo para a cura. O cérebro do cão monitora o influxo de informações e estabelece a prioridade dessa informação. Um exemplo interessante que ele dá é que, quando o cão está com muita dor, resultado de uma mordida de outro cão, a resposta pode não ser sentir dor mas sim morder de volta. A dor aguda só acontece depois que outras prioridades foram feitas. O cão que está cheio de machucados provocados por mordidas pode aparentar não sentir nenhuma dor, até que seu cérebro comece a registrar diferentes prioridades e a dor surja.
Tem também a dor crônica, que é associada com doenças degenerativas, problemas ósseos e articulares e câncer. O cão parece não sentir dor: o que o dono nota são mudanças no comportamento, como não querer mais brincar e ter dificuldades para subir escadas. O grau de dor entre um cão e outro varia muito, inclusive entre uma raça e outra: o Bull Terrier é menos sensível à dor que os Spaniels de pequeno porte.
Olha que interessante: durante uma briga, o cão libera endorfina, um anestésico natural, por isso parece não sentir dor nenhuma, apesar dos ferimentos. Já na hora da vacina, a coisa muda de figura. Hahahaha... verdade verdadeira! Enquanto brinca, a Suzie nem liga se ela se machucou (e olha que ela é cheia de cicatrizes, tadinha...). Mas, chega a hora da vacina, parece que estou levando-a ao sacrifício =P

O Sistema Imune

Um sistema imune eficiente reconhece e destrói perigos internos, como células cancerosas, e patógenos externos, como vírus, fungos e bactérias.
Como ele disse acima: se o sistema imune é fraco, o cão sofre doenças auto-imunes. Se ele não “desliga”, surgem as alergias (por pólen, comida etc).
A vacina é um método tradicional de fazer o sistema imune do cão trabalhar contra vírus e bactérias.
Cães idosos têm maiores chances de desenvolver câncer, doenças infecciosas e auto-imunes, pois a idade avançada está ligada ao declínio natural de sua imunidade.

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